CPI da roubalheira no Ministério da Educação sobe no telhado
Ou ela desce dali em agosto e começa a funcionar ou acabará engavetada
atualizado
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Governo não pode tudo, mas pode muito. Para que fosse criada no Senado, a CPI da roubalheira na Educação precisava da assinatura de 27 senadores – conseguiu de 32 e tem mais uma de reserva.
E, no entanto, poderá não ser instalada tão cedo, ou talvez só no próximo ano. Antes disso, ela produziria barulho e estragos na imagem já debilitada do governo a três meses das eleições.
Conspiram contra a CPI Bolsonaro, Rodrigo “Pirilampo” Pacheco (PSD-MG) presidente do Senado e David Alcolumbre (União-Brasil-AP), que antecedeu Pirilampo no cargo.
Alcolumbre presidiu o Senado de 2019 a 2021. Para ajudar a eleger Pirilampo, o acende, apaga, acende, apaga, acertou com ele e com Bolsonaro que mandaria no Orçamento Secreto dos senadores.
Dentro do governo, não se libera dinheiro para pagamento de emendas de senadores ao orçamento sem o aval de Alcolumbre. Ele pode estar mal no Amapá, mas em Brasília continua bem.
Pressionado por Bolsonaro, a quem deve seu mandato e outros favores, junto com Pirilampo e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Alcolumbre age para enterrar a CPI.
Pirilampo comprometeu-se com a oposição de ler amanhã o requerimento de criação da CPI (acendeu). Agora, fala em consultar antes o colégio de líderes de partidos (apagou).
É ali que se travará a batalha decisiva para a sorte da CPI. Ou ela começa a funcionar em agosto ou corre o risco de acabar engavetada.