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Se alguém, na Bahia, ainda tinha dúvidas sobre a sorte de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e candidato do União Brasil ao governo do estado, não tem mais desde ontem.
Belo Horizonte perdeu para Salvador a condição de cidade onde Lula fez o maior comício de sua campanha até aqui. E não só o maior, mas também o mais animado e cinematográfico.
Por pouco ACM, tido como favorito para se eleger no primeiro turno, não ficou fora do segundo, que só servirá para confirmar a vitória de Jerônimo Rodrigues, candidato do PT.
Apagado secretário de Saúde de Rui Costa (PT), que governa a Bahia há oito anos, Jerônimo se revelou um candidato bom de campanha. Parte dos eleitores, porém, sequer o conhece direito.
Mas os baianos sabem que digitando 13 na urna duas vezes estarão elegendo Lula e o candidato de Costa para governador. Costa repete o que fez Antônio Carlos Magalhães, avô de Neto.
Candidato ao governo da Bahia em 1982 com o apoio de Antônio Carlos, Clériston Andrade, ex-prefeito de Salvador, morreu durante a campanha quando o helicóptero que o transportava caiu.
“Eu elejo um poste”, disse Antônio Carlos, que à época governava a Bahia. Elegeu João Durval Carneiro, ex-secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de seu governo, um político apagado.