Ciro Gomes retomará a pré-campanha e Sergio Moro taxia na pista
PSB, que apoiará Lula para presidente, vota com Bolsonaro na PEC do calote
atualizado
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Candidato a presidente pela quarta vez, Ciro Gomes deu demonstração de força ao obrigar a maioria dos deputados federais do PDT a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do calote em dívidas judiciais vencidas (precatórios).
Na última quinta-feira, no primeiro turno de votação da PEC, dos 21 deputados do PDT que compareceram à sessão, 15 votaram como Bolsonaro queria, e 6 contra como queria Ciro. Dos 15, cinco eram cearenses. Dos 5, 4 votaram a favor.
Foi demais para Ciro, que reagiu suspendendo sua pré-campanha às eleições do próximo ano. Ontem, na votação da PEC em segundo turno, 11 deputados que haviam votado sim votaram não. Um, ausente na primeira votação, apareceu e votou com o governo.
Ciro anunciará a qualquer momento a retomada de sua pré-campanha. Se o fizer hoje, será no dia em que o ex-juiz Sergio Moro dará início à sua pré-campanha, por ora sem dizer para quê. Para presidente da República? Para senador?
Se o monomotor de Moro decolar, será para presidente. Se as pesquisas de intenção de voto mostrarem nos próximos meses que ele não voará alto, então será para senador. Por qual Estado? De novo dependerá do que indiquem as pesquisas.
Os sete deputados federais do PSDB de São Paulo votaram contra a PEC, o que foi bom para o governador João Doria, que aspira ao posto de candidato do partido a presidente. Os dois do PSDB gaúcho votaram a favor, o que foi ruim para o governador Eduardo Leite.
No PSB, que se prepara para aliar-se ao PT no apoio à candidatura de Lula, dos 10 votos favoráveis ao governo no primeiro turno da votação da PEC, nove mantiveram a posição, contrariando a orientação do partido. Dinheiro sempre fala mais alto.