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Céu de brigadeiro para Marçal, e com muitas nuvens para Nunes

Uma semana que pode ser decisiva para a eleição em São Paulo

atualizado

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Ricardo Nunes e Pablo Marçal disputam preferência do eleitor de Bolsonaro
1 de 1 Ricardo Nunes e Pablo Marçal disputam preferência do eleitor de Bolsonaro - Foto: Reprodução/Band

Só resta para Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, apostar em um passo errado do empresário Pablo Marçal (PRTB), de péssima reputação, ou, no último caso, em uma decisão da Justiça que casse a candidatura de Marçal

Do contrário, Nunes cumprirá a sina dos que governaram a cidade de 1997 para cá: contentar-se com um único mandato. Não entram nessas histórias os vices que assumiram o cargo em decorrência da renúncia do titular e se elegeram prefeito em seguida.

Nunes está sendo “cristianizado” a galope. Nas eleições de 1950, candidato a presidente da República pelo Partido Social Democrático, o mineiro Cristiano Machado foi abandonado pelas forças que o apoiavam. Ali nasceu o termo “cristianização”.

Acontece o mesmo com Nunes, candidato de uma coligação de 12 partidos, com 6 minutos e 30 segundos de propaganda no rádio e na televisão. O segundo candidato com maior tempo de propaganda é Guilherme Boulos (PSOL), com 2 minutos e pouco.

Nas pesquisas de intenção de voto, Nunes, Boulos e Marçal aparecem tecnicamente empatados. Mas Nunes está em declínio e Marçal em ascensão. Pesquisas a serem divulgadas no meio desta semana poderão ser decisivas para selar a sorte de Nunes.

Se Marçal continuar crescendo, bye, bye, Nunes. Os votos bolsonaristas que ele ainda retém se descolarão dele, transferindo-se para Marçal. A família Bolsonaro já deu todos os sinais de que apoiará Marçal para derrotar Boulos, candidato de Lula e do PT.

Dos candidatos, Marçal é o que melhor navega nas plataformas digitais. Elas são sua praia e o mar para ele até aqui é de almirante, sob um céu de brigadeiro. A propaganda no rádio e na televisão já teve seus tempos de glória. Bolsonaro se elegeu sem ela.

O mercado financeiro paulista espera que Nunes não perca o fôlego, mas caso ele perca, não aguardará o segundo turno para fechar com Marçal – fechará ainda no primeiro, com a esperança de que ele repita o feito de João Doria e liquide logo a parada.

Para a direita, civilizada ou não, nada de correr o perigo de Boulos vencer Marçal no segundo turno. O que está de fato em jogo é enfraquecer Lula e desestimulá-lo a concorrer à presidência em 2026.

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