Cassado, Witzel, agora, quer ajudar a formar novos políticos
Se a moda pega, quem já foi preso ou ainda está atrás das grades terá com o que se ocupar e ainda poderá ganhar um dinheirinho
atualizado
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Por que ninguém teve essa ideia antes? Uma vez que seu mandato de governador do Rio foi cassado sob suspeita de corrupção, o ex-juiz Wilson Witzel anunciou que se dedicará a ser “mentor”.
Vai criar uma ONG, chamada “MudaBR”, para ajudar na formação de futuros políticos, e dar aulas para quem queira ser aprovado em concursos públicos. Witzel tem credenciais para isso.
Ele é investigado em inquérito no Superior Tribunal de Justiça por participação num esquema de desvios em contratos da área de saúde do Estado. Naturalmente, declara-se inocente.
Seu impeachment, primeiro, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, e em 30 de abril último, por unanimidade, pelo Tribunal Especial Misto de Justiça do Rio.
Há dois dias, no Instagram, ele ofereceu-se para orientar candidatos ao próximo concurso da Polícia Civil. Witzel é famoso por ensinar a policiais a atirarem na “cabecinha” de bandidos.
Está aí uma boa ideia que poderia ser aproveitada por seus antecessores no cargo – Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral, ambos presos e condenados por corrupção.
Pela montanha de anos que ficarão atrás das grades, e à falta de melhor ocupação, por que não compartilham o muito que aprenderam no exercício de cargos públicos?
A sugestão vale também para o ex-deputado e ex-ministro Geddel Vieira Lima, do mesmo MDB de Pezão e Cabral, hoje em prisão domiciliar na Bahia, seu Estado.
O que é preciso fazer, por exemplo, para dar-se ao luxo de alugar um apartamento só para guardar malas e caixas de papelão abarrotadas com R$ 51 milhões em dinheiro vivo?