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Bye, bye, Bibi! Não deixará saudade em Israel

Adormeceu no trabalho e não conseguiu manter a segurança do país

atualizado

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Remy Steinegger/ World Economic Forum
Benjamin Netanyahu
1 de 1 Benjamin Netanyahu - Foto: Remy Steinegger/ World Economic Forum

O estado de Israel foi criado para dar abrigo e proteger os judeus que viviam perambulando pelo mundo sem ter onde se fixar. O Holocausto, obra da loucura de um austríaco que vestiu a camisa da Alemanha durante a primeira guerra mundial – sim, ele mesmo, Hitler -, dizimou mais de 6 milhões de judeus.

Quem governa Israel e fracassa na tarefa número 1, que é a de garantir segurança ao seu povo, cai mais cedo ou mais tarde; com as honras e as vantagens de um ex-chefe de estado, ou somente com as vantagens, mas cai. E é isso que irá acontecer com Benjamin Netanyahu, também conhecido pela alcunha de Bibi.

Netanyahu lidera Israel há quase 16 anos e trava neste momento a batalha de sua vida. Israel sobreviverá outra vez às guerras em que se meteu ou que a meteram, mas Bibi, aos 73 anos, irá para casa. Ele perdeu a oportunidade de entrar para a história como o líder que mais trouxe paz e desenvolvimento para seu país.

Entrará para a história como um político acusado de corrupção, e que para não ser preso e desonrado, mudou a Constituição e enfraqueceu o bem mais caro do patrimônio de Israel – sua democracia, uma pérola em meio ao mar de ditaduras que comandam os países árabes com mão de ferro.

Israel jamais sofreu um apagão de inteligência militar como o de 7 de outubro de 2023. Foi História, com H maiúsculo, o que se passou naquele dia quando um grupo de soldados do Hamas, organização criminosa que governa a Faixa de Gaza, invadiu Israel, matou centenas de pessoas e sequestrou entre 100 e 150.

Como foi possível? Só o futuro dirá. O ataque sepultou todas as políticas de Bibi em relação aos palestinos. Foi para dividi-los que Bibi deu força ao Hamas em detrimento da Autoridade Palestina que governa a Cisjordânia. Ele se gabava de obrigar o Hamas a ser seu parceiro. Vez em quando o provocava, ou era provocado.

Nada que incursões aéreas limitadas não dessem conta. E assim foi até o último sábado. A maioria dos israelenses admite que Bibi se manterá no cargo enquanto a guerra durar, mas parte deles começa a duvidar disso. Moshe Yaalon, ex-chefe do Estado-Maior do Exército e ministro da Defesa, pediu para que Bibi renuncie.

Ouvido pelo The New York Times, Amit Segal, colunista político do Yedioth Ahronoth e um dos jornalistas mais próximos de Netanyahu, disse que o primeiro-ministro não poderia escapar da culpa pelo fracasso sistémico e por uma política de tolerância do Hamas para tentar estabilizar Gaza:

“Não sei dizer quando, mas será muito difícil para ele sobreviver politicamente. “A história israelense nos ensina que guerras malsucedidas levam a uma mudança de governo. A história israelense é clara sobre o futuro que está por vir.”

O biógrafo de Netanyahu, Mazal Mualem, é taxativo:

“Na minha opinião, ele entende que não será capaz de continuar depois de um fracasso tão devastador e, por isso, está focado em alcançar sucesso militar e diplomático durante esta guerra. […] Ele adormeceu no trabalho e não conseguiu manter a segurança de Israel. É o pesadelo dele que se tornou realidade.”

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