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Bolsonaro rasga a fantasia de moderado e Lula caça votos

Em mais um lance da sucessão presidencial de 2022, Bolsonaro ataca seus adversários, Lula reúne-se com Sarney e Kassab aposta em Pacheco

atualizado

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Bolsonaro
1 de 1 Bolsonaro - Foto: Reprodução

O que importou, ontem, de fato em Brasília aconteceu fora da CPI da Covid-19. Ali, os senadores recepcionaram o ministro da Saúde que evita fazer juízo de valor, o cardiologista Marcelo Queiroga. Foi pura perda de tempo: ele pouco disse e muito escondeu.

O ex-presidente Lula, candidato do PT à sucessão de Bolsonaro no ano que vem, reuniu-se com o ex-presidente José Sarney (MDB) e ambos posaram para uma foto que tem lá seu significado. Bolsonaro esteve com Sarney na semana passada e não se viu foto.

Nos três dias que passou em Brasília, Lula conversou com embaixadores de vários países e políticos de partidos de esquerda e do centro – entre eles, Eunício Oliveira (MDB-CE) e Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD.

Kassab acha que encontrou um candidato à vaga de Bolsonaro para chamar de seu – quer dizer, do PSD e dos partidos que queiram construir uma alternativa a Bolsonaro e Lula. Trata-se de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado.

Por ora, Pacheco jura que não será candidato. Como presidente do Senado, terá casa, comida, roupa lavada e os demais privilégios da função pelos próximos dois anos. Mas, sabe como são as coisas… Poderá mudar de ideia até lá, e o futuro a Deus pertence.

Foi mais um dia em que o governo deu-se mal. Escalado por Bolsonaro para cuidar da CPI da Covid que tanto o aflige, Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, bateu às portas do hotel onde repousa o general Eduardo Pazuello.

Oi! Mas Pazuello não cumpre quarentena desde que teve contato com dois ex-assessores que podem (ainda não se sabe) estarem contaminados pelo vírus? Não foi o que ele alegou para faltar ao depoimento que prestaria à CPI? Que isolamento é esse?

Nada existe de ruim no governo Bolsonaro que não possa piorar. Na maioria das vezes disso se encarrega o próprio presidente que, obediente ao filho Carlos, o Zero Dois, jogou fora a fantasia da moderação para exibir-se ao natural, como é de verdade.

Em sua live semanal no Facebook, vociferou contra “os canalhas” que duvidam da eficácia da cloroquina contra o vírus chinês, disse que o governador de Alagoas, filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), será investigado por desvio de dinheiro, e que…

Sim, teve mais. Afirmou que haverá voto impresso nas eleições de 2022 ou não haverá eleições. (Haverá golpe?) E partiu para cima do ministro Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

“Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição, acho que o recado está dado”, disparou. (Só um golpe cancelaria a eleição.) “Estou preocupado. Se Jesus Cristo baixar na Terra, será (office) boy do ministro Roberto Barroso”.

Esse é Bolsonaro, na melhor de sua forma.

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