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Bolsonaro pede para perder o quarto turno contra Lula

Se você não pode derrotar seu inimigo, junte-se a ele

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O ex-presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 O ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Metrópoles

Bolsonaro está pedindo para ser derrotado outra vez por Lula nos últimos 90 e poucos dias, e será. Perdeu ao não se reeleger presidente em 30 de outubro passado. Perdeu com o fracasso do golpe de 8 de janeiro. Perderá na eleição de amanhã no Congresso.

Do seu refúgio na Flórida, nos Estados Unidos, a salvo, por ora, de ser preso, não tinha porque se meter na escolha do próximo presidente do Senado, mas se meteu. Declarou apoio a Rogério Marinho (PL-RN), seu ex-ministro do Desenvolvimento Regional.

Marinho é pule de 10 para ser derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato à reeleição com o apoio de Lula. Pacheco elegeu-se há dois anos presidente do Senado com o apoio de Bolsonaro. Operou em sintonia com ele até o fim do seu governo.

O que pode ganhar Bolsonaro apoiando Marinho? Nada ganharia apoiando quem Lula apoia, mas nada perderia se permanecesse neutro. O governo propaga a ideia de que esse será o terceiro turno entre Lula e Bolsonaro. Será o quarto. O terceiro foi o golpe.

Quando um não quer, dois não brigam. Lula aprendeu a lição com a mãe dele. Por isso, reconhecendo a força de Arthur Lira (PP-AL) dentro da Câmara dos Deputados, preferiu aliar-se a ele a perder se o enfrentasse. A reeleição de Lira está garantida.

Se você não pode derrotar um inimigo, junte-se a ele. O PT votará em Lira, e espera ocupar um lugar na direção da Câmara, além da presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante. Na Câmara, o PL de Bolsonaro tem a maior bancada.

A disputa de Lira é com o passado. Ninguém superará Ulysses Guimarães, que foi, ao mesmo tempo, presidente do MDB, da Câmara e da Assembleia Constituinte de 1988. Um ano depois, candidato a presidente da República, teve apenas 4,60% dos votos.

Lira quer pelo menos bater o recorde de votos estabelecido por Ibsen Pinheiro (MDB-RS) e João Paulo Cunha (PT-SP). Os dois foram eleitos presidente da Câmara com 434 votos de um total possível de 513 – Ibsen em 1991, Cunha em 2003.

Com o apoio de 19 partidos e se não houver traição, Lira pode atingir a marca de 496 votos. Seria um feito histórico. Uma eleição por aclamação. Lula espera tirar proveito disso. Ele precisa de Lira para governar. Será o governo dos dois “eles” – LL.

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