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Bolsonaro insiste no que mais gosta de fazer: mentir, mentir, mentir

Mente de corpo e alma impunemente

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Na imagem colorida. Um homem está posicionado no centro. Ele usa terno e gravata, tem cabelos curtos e grisalhos e olha atentamente para a frente
1 de 1 Na imagem colorida. Um homem está posicionado no centro. Ele usa terno e gravata, tem cabelos curtos e grisalhos e olha atentamente para a frente - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Há pouco mais de um ano, o Supremo Tribunal Federal informou, por meio de uma nota oficial, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente, na área da Saúde, para realizar ações de mitigação dos impactos da Covid-19.

Quer dizer: é responsabilidade de todos os entes da Federação “adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”. Desde então, o que diz o presidente Jair Bolsonaro e o que voltou a dizer ontem?

Lamentou que a condução das ações contra a pandemia tenha sido tirada de suas mãos. “Eu gostaria muito de estar conduzindo os destinos da questão da pandemia no Brasil”, teve o cinismo de dizer. Cinismo, não. Deliberadamente mentiu, como de costume.

Na mesma ocasião, pôs outra vez em dúvida a eficácia da vacinação, o passaporte da vacina e as medidas de isolamento de autoria de governadores e prefeitos. Reclamou da imprensa por não reconhecer seus méritos no combate à pandemia.

Mas que méritos ele tem? Bolsonaro deu passe livre para que o vírus circulasse matando os que tivessem de morrer. Foi contra a compra de vacinas, e só cedeu depois da chegada da primeira por aqui, iniciativa do governo de São Paulo.

Quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomendou a vacinação infantil, ele se opôs. Pediu o nome dos técnicos da agência para expô-los aos ataques dos seus devotos ensandecidos. Disse ser irrisório o número de crianças vítimas da Covid.

A mentira é sua arma favorita, talvez a única, para manter-se politicamente vivo. Portanto, não abrirá mão dela até seu último dia de desgoverno. Não basta, porém, que minta. É preciso mentir hoje e amanhã novamente. Mentir de corpo e alma, impunemente.

De tanto mentir tão bravamente, ele constrói um país de mentira, no qual acredita completamente, e quer que acreditemos.

(Com licença de Affonso Romano de Sant’Anna)

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