Bolsonaro e Deltan Dallagnol, as bolas da vez nesta semana
Com os rabinhos presos
atualizado
Compartilhar notícia
Recolhido em casa e com o rabinho preso depois das novas descobertas sobre o que fez nos quatro verões em que presidiu o país, Bolsonaro irá depor, amanhã, à Polícia Federal.
Afinal, ele vacinou-se ou não, encomendou ou não a carteira de vacinação falsificada para que pudesse circular livremente nos Estados Unidos, de onde assistiu ao golpe de 8 de janeiro?
Os agentes federais sabem de antemão que Bolsonaro dirá que não foi vacinado, e que nada tem a ver com a eventual falsificação de sua carteira de vacinação. Se isso aconteceu, ele desconhece.
O depoimento é mera formalidade. Os agentes federais não esperam que Bolsonaro produza provas contra ele. Já dispõem de provas e indícios de que ele não é inocente como tenta parecer.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pautou também para amanhã o julgamento de uma ação que contesta o registro de candidatura do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
O relator do caso é o ministro Benedito Gonçalves, que relata também processos que poderão tornar Bolsonaro inelegível por oito anos. A mão de Gonçalves costuma ser pesada.
Se o tribunal indeferir o registro de candidatura de Dallagnol, o deputado mais votado no ano passado no Paraná terá seu mandato cassado. Ele apelará para o Supremo Tribunal Federal.
Mas, ali, o clima é muito ruim para ele. Quando procurador da Lava Jato, Dallagnol criticou ministros do Supremo e tentou armar para cima de dois deles – Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Dallagnol foi condenado pelo Tribunal de Contas da União por irregularidades no recebimento de diárias e passagens de 2014 a 2021, durante a operação Lava Jato.
A condenação foi depois anulada pela Justiça Federal do Paraná. Advogados de Dallagnol dizem que ele “está tranquilo” e que o julgamento no TSE lhe será favorável.
Conversa mole de advogados. Dallagnol está aflito, e com toda razão.