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Bater em Lula pelo que ele diz é fácil. Quero ver bater no Papa

Diga não às guerras

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Ricardo Stuckert/Presidência
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1 de 1 foto-lula-papa-vaticano - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Foi um escândalo aqui, e causou incômodo lá fora, quando Lula, no início do governo, se ofereceu para negociar um acordo que pusesse fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Que pretensão, a dele, se o Brasil não é um país tão importante assim, e ele, Lula, também, não é? De resto, as grandes potências armavam a Ucrânia para que ela vencesse.

Caberia ao Brasil alinhar-se aos Estados Unidos e à Europa e ajudá-los a derrotar Vladimir Putin, o czar da Rússia. Afinal, foi ele que invadiu a Ucrânia; ele, portanto, que se retirasse.

Em maio de 2022, ainda candidato, Lula havia declarado à revista americana Time:

“Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a Otan? Os Estados Unidos e a Europa poderiam ter dito: ‘A Ucrânia não vai entrar na Otan’. Estaria resolvido o problema”.

Já presidente da República, em janeiro de 2023, durante a visita do chanceler alemão Olaf Scholz ao Brasil, Lula voltou a abordar o assunto:

“Continuo achando que quando um não quer, dois não brigam. O Brasil não tem interesse em passar munições para que sejam utilizadas na guerra entre Ucrânia e Rússia.”

Dali a três meses, em viagem à China, diria:

“É preciso ter paciência com os presidentes da Rússia e da Ucrânia. Mas é preciso, sobretudo, convencer os países que estão fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem.”

Agora é o Papa Francisco, entrevistado por uma emissora de televisão da Suíça, que diz, embora sem citar a Ucrânia acuada pelos tropas russas:

“A palavra ‘negociar’ é uma palavra corajosa. Quando percebemos que estamos derrotados e que as coisas não estão a correr bem, é preciso ter a coragem de negociar.”

Ousasse Lula dizer algo semelhante, e o mundo desabaria na sua cabeça. Lula comparou a mortandade dos palestinos em Gaza à mortandade dos judeus pela Alemanha nazista.

Puseram-lhe na boca a palavra “Holocausto”, que ele não usou. Adesivaram sua fala de antissemita, algo que ele jamais foi. Hoje, o mundo defende os palestinos e condena Israel.

O presidente Joe Biden, à caça de votos para se reeleger, clama por um cessar-fogo em Gaza, embora siga entregando armas a Israel e vetando na ONU resoluções contra a guerra.

Pura hipocrisia.

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