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Bate-cadeira voa em mais um debate entre candidatos a prefeito de SP

Marçal pediu para apanhar, e Datena atendeu seu pedido

atualizado

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Reprodução/TV Cultura
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1 de 1 bastidor-briga-marcal-datena3 - Foto: Reprodução/TV Cultura

Ao concluir que são poucas suas chances de disputar o segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) jogou sua última cartada – se é que não esconde outras.

Desafiou Luiz Datena (PSDB) a bater nele. E Datena bateu com uma cadeira. Marçal aparou a cadeirada com os braços. A TV Cultura de São Paulo suspendeu o debate entre os candidatos.

Ao retomá-lo minutos depois, Datena e Marçal não estavam no palco. Datena foi expulso e saiu dizendo que não se arrependeu do que fez. Marçal abandonou o debate e foi diretamente para um hospital.

A assessoria de Marçal disse que ele respirava mal e que seu tórax poderia ter se rompido. A assessoria de Datena postou nas redes sociais uma foto da cadeirada com a seguinte mensagem:

“Prefeito SP – Datena 45 – Esse já provou que faz”.

Marçal replicou no Instagram: comparou a cadeirada com a facada que Bolsonaro levou e com o tiro que feriu a orelha de Donald Trump, candidato a presidente dos Estados Unidos.

Mais tarde, Marçal postou uma foto sua dentro da ambulância a caminho do Hospital Sírio-Libanês, e outra, em um leito do hospital, coberto com um lençol até o pescoço.

Sem horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, só resta a Marçal criar factoides para continuar na boca das pessoas. Com a ajuda de Datena, criou mais um ontem à noite.

Marçal segue literalmente o conselho que Trump, um dia, ouviu do procurador macarthista Roy Cohn, conselheiro informal dos ex-presidentes americanos Richard Nixon e Ronald Reagan:

“Atacar, atacar, atacar, não admitir nada, negar tudo e declarar vitória, sempre”.

Desde que se lançou candidato, é só o que faz Marçal, e no início pareceu dar-se bem. Citou o suicídio do pai de Tabata Amaral (PSB) para dizer que na ocasião ela estava no exterior. Mentira.

Em debates anteriores, chamou Guilherme Boulos (PSOL) de “cheirador de pó”. Mentira. Diversas vezes atacou Ricardo Nunes (MDB), a quem só se refere como “Bananinha”.

No debate da TV Cultura, perguntou a Nunes se ele já bateu em sua mulher com a mão aberta ou fechada. E a Datena, se ele tocou na vagina de uma jornalista que o denunciou por assédio sexual.

Datena respondeu que a denúncia foi arquivada depois que a jornalista reconheceu que mentira. Mas que por causa disso sua sogra teve três AVCs e morreu. Marçal foi adiante.

Voltou a provocar Datena dizendo que ele não era homem porque, se fosse, da vez que o ameaçou com uma surra em outro debate, o teria surrado. Não houve surra, mas cadeirada sim.

Alijado de bater boca com Boulos e Nunes devido ao sorteio, Marçal escolheu Datena para confrontá-lo. Pediu para apanhar e apanhou. Espera que isso lhe renda votos. Deverá ser o contrário.

Datena aparece nas pesquisas de intenção de voto como o quinto colocado. Nada mais tem a perder. Cumpre a tabela. Se estava em busca de uma saída honrosa, poderá dizer que a encontrou.

Violência física ou verbal não é saída honrosa para ninguém, tanto mais para pessoas públicas que disputam um cargo relevante – é mau exemplo. Que o eleitor os puna!

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