Por volta das 10h de ontem, uma comitiva de servidores da Prefeitura de Maricá, cidade-modelo do PT no Rio de Janeiro, desembarcou na porta do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, no setor noroeste da cidade, para conhecê-lo. O hospital é uma referência nacional no tratamento de crianças com câncer.

A visita não começou de pronto. Faltava uma pessoa que se oferecera para acompanhar a comitiva. Ela chegou com certo atraso, de moto, usando capacete, e não foi reconhecida pelo funcionário do hospital que a aguardava com ordem superior para não a deixar entrar. Era o ex-governador Agnelo de Queiroz.

Filiado ao PT, Agnelo foi ministro dos Esportes do governo Lula e governador do Distrito Federal entre 2011 e 2015. Assim que o petista retirou o capacete, o funcionário comunicou que dada a proximidade das eleições ele não seria admitido no hospital. Agnelo alegou que não estava ali em campanha, e que é médico.

Não adiantou. Então Agnelo telefonou para se queixar diretamente ao governador Ibaneis Rocha. Só então a entrada foi liberada, mas ele preferiu ir embora. Foi Agnelo que construiu o hospital. Em uma das paredes de entrada tem uma foto em que ele aparece na cerimônia de inauguração. Agnelo é candidato a deputado federal.