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Aviso que se repete: as próximas eleições serão sobre a democracia

Não importa quem as ganhe, desde que não seja Bolsonaro

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Presidente Jair Bolsonaro durante anuncio da instalações de 12 mil novos pontos de Wi-Fi em escolas públicas pelo país
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro durante anuncio da instalações de 12 mil novos pontos de Wi-Fi em escolas públicas pelo país - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O perdão concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) passa a seguinte mensagem para os seus seguidores mais radicais: podem atacar a Justiça, o Congresso, os opositores do presidente, a democracia, que vocês não serão presos.

Caso Bolsonaro seja derrotado em outubro, sua turma mais exaltada poderá tentar invadir os prédios do Tribunal Superior Eleitoral, do Supremo e do Congresso, segura que de imediato, ou em dezembro, será perdoada por um indulto presidencial.

Em 2018, depois de eleito, Bolsonaro disse que o país deveria dormir descansado porque ele jamais concederia indulto a criminosos Silveira foi julgado e condenado. O presidente que retardou a compra de vacinas indultou-o 24 horas depois.

As eleições deste ano serão sobre a democracia, nada mais do que isso; se desejamos mantê-la ou se não ligamos para seu destino. Se quisermos mantê-la, Bolsonaro terá que ser derrotado, não interessa por quem. Por qualquer candidato que possa derrotá-lo.

Não se enganem com os que dizem que nossas instituições são sólidas e que saberão reagir às ameaças. Do fim da ditadura para cá, elas nunca passaram pelo teste de conviver com um presidente golpista fortemente apoiado pelas Forças Armadas.

Um presidente que não se envergonha de dizer abertamente ser a favor da ditadura e da tortura aplicada aos que se opuserem ao regime. E que apenas lamenta que a ditadura militar de 64 não tenha matado e flagelado um maior número de pessoas.

Um presidente que defende armas para quem as queira, a pretexto de que assim o povo jamais será escravo do Estado. Sua primeira fala nesse sentido foi em meados de 2019 dentro de um quartel do Exército na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Jairzinho Paz & Amor veio à luz depois do fracasso do golpe ensaiado em 7 de setembro. Tinha prazo de validade curto, como se previu. Foi sepultado ontem. Deu lugar ao único Jair que existe e que na melhor das hipóteses só será morto se não se reeleger.

Aos que ainda duvidam disso, esperem para ver.

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