Até o dia da eleição, tudo pode acontecer, inclusive nada
Os que dizem estar com pouca vontade de votar totalizam 25% dos eleitores paulistanos
atualizado
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Volto a repetir: no país do “se a eleição fosse hoje”, é bom atentar pelo menos para duas coisas. A primeira: a eleição não é hoje, será em 6 de outubro, portanto, daqui a 15 dias. A segunda: até lá, tudo pode acontecer, inclusive nada.
No caso da eleição para prefeito de São Paulo, a pesquisa Datafolha desta semana conferiu que os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) são os mais comprometidos com seu candidato. Os que dizem que não mudarão o voto em Boulos são 40%.
Para comparar: são apenas 16% os eleitores de Ricardo Nunes (MDB) que dizem que não mudarão o voto nele. Em resposta à pergunta “em qual desses candidatos você votará”, Nunes aparece com 27%, Boulos 26% e Pablo Marçal 19%.
A fatia dos eleitores que se dizem comprometidos em votar em Marçal aumentou de 22% para 30%. Em compensação, a fatia dos que se inclinam a votar nele caiu de 61% para 54%.
De forma geral, 22% dos eleitores paulistanos estão comprometidos com os candidatos nos quais declaram voto, índice levemente superior ao da semana passada, quando totalizava 19%. Os inclinados são 56% (índice que se manteve), e os distantes são 22% (eram 25%).
Os eleitores classificados como comprometidos são aqueles que:
1) mencionaram espontaneamente sua opção de voto na pesquisa;
2) confirmaram o nome preferido quando apresentada lista de candidaturas;
3) disseram que seu candidato é o nome ideal;
4) estão altamente motivados para votar.
O Datafolha perguntou ainda sobre a vontade do eleitor de votar no pleito deste ano, em uma escala de 0 a 10. A média entre todos os entrevistados foi de 6.
Uma parcela de 38% respondeu estar com muita vontade de ir às urnas. Na outra ponta, os que dizem estar com pouca vontade totalizam 25% dos eleitores (há uma semana eram 29%).