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As peças do tabuleiro político já se movem para as eleições de 2026

Alckmin está de olho outra vez no governo de São Paulo

atualizado

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Lula e Alckmin
1 de 1 Lula e Alckmin - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p>

Se chegar bem de saúde em 2026 e seu governo tiver sido um sucesso, Lula será candidato à reeleição. Se tiver dúvida sobre sua vitória, ele não será candidato. Não pretende correr o risco de encerrar sua longa carreira política com uma derrota.

Alckmin só não será vice de Lula outra vez se não quiser. Ele trabalha para ser candidato a governador de São Paulo — Lula sabe, mas faz de conta que não. Parte do PT é quem mais se opõe à candidatura de Fernando Haddad à sucessão de Lula.

Quanto a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, ele tem um sonho: eleger-se senador com o apoio de Lula. Serão duas vagas. O PT apoiará a reeleição de Renan Calheiros (MDB), inimigo de Lira. Mas sempre se pode dar um jeito.

Por exemplo: como são duas vagas, o PT lançaria em Alagoas um candidato fraco ao Senado, em dobradinha com Renan. Se o fizer, ajudará Lira a se eleger sem que Renan possa reclamar em voz alta. Em voz baixa, reclamará até ficar rouco.

Davi Alcolumbre (União-AP) não pode reclamar de nada. Emplacou no governo três ministros; não lhe falta dinheiro à beça para investir no seu estado; e contará com o apoio do PT para voltar a presidir o Senado em 2025.

Em breve, ganhará uma diretoria do Banco do Brasil. É o que lhe foi prometido em troca do seu apoio à aprovação de Flávio Dino para ministro do Supremo Tribunal Federal. Por falar em Dino: a história de sua nomeação não está completa.

Ela começa com uma ida de Dino e de sua mulher ao encontro de Lula – ela, preocupada com a saúde do marido. O casal perdeu seu filho caçula em 2017. Para Dino, melhor seria sua transferência para um lugar menos cansativo.

Quem sabe deixar o Ministério da Justiça e voltar a ser juiz, como foi durante 12 anos? Lula gostou da ideia. Em 5 de janeiro, quando os dois retornarem a Brasília depois das férias de fim de ano, conversarão sobre o sucessor de Dino.

A escolha do próximo ministro da Justiça da Segurança Pública foi um dos assuntos do jantar oferecido em São Paulo a Lula pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, aspirante à vaga de Dino.

Ricardo Cappelli, secretário-geral do ministério, é o candidato de Dino e do PSB a ministro. Na última quinta-feira, Dino disse a Lula que viajará ao Maranhão para passar o Natal e o Ano-Novo. Lula perguntou quem cuidaria do ministério.

Dino respondeu que seria Cappelli. Lula retrucou:

“Ficará em boas mãos”. 

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