Arthur Lira e Alcolumbre amargam a nomeação de Mendonça para o STF
Acreditaram até a última hora que ela não seria aprovada pelo plenário do Senado
atualizado
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Arthur Lira (PP-AL), o todo-poderoso presidente da Câmara dos Deputados, não se conforma com a nomeação de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal.
Ninguém mais do que ele deu corda para que Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sabotasse a indicação de Mendonça feita por Bolsonaro.
Lira nada tem de pessoal contra Mendonça, mas está convencido de que no Supremo ele reforçará a bancada dos ministros viúvas da Operação Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro.
Alcolumbre segurou a sabatina de Mendonça por mais de 100 dias. Por fim, cedeu à pressão de alguns colegas e aos acenos encantadores do governo que prometeu ajudá-lo em seu estado.
Até a última hora, porém, Alcolumbre e Lira acreditaram que Mendonça seria derrotado quando sua nomeação fosse votada pelo plenário do Senado. Mendonça venceu com 6 votos de folga.
Do ex-ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou, Mendonça herdará uma penca de processos para relatar – dois deles que poderão tornar Lira réu. Virar réu é sempre um incômodo.