Aras mantém a esperança de ser o próximo ministro do Supremo
O Senado está sem pressa para inquirir André Mendonça
atualizado
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Dez entre dez senadores dão como certa a aprovação do nome de Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República por mais dois anos, como quer o presidente Jair Bolsonaro.
Aras virou unanimidade desde quando tirou a mão pesada do Ministério Público da cabeça de políticos processados que temiam pelo próprio futuro. Eternamente eles lhe serão gratos.
Mas Aras sonha mais alto, e de imediato, e não para daqui a dois anos quando se abrirão mais duas vagas de ministros do Supremo Tribunal Federal. Sabe-se lá se Bolsonaro se reelegerá.
André Mendonça foi indicado por Bolsonaro para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, mas as chances de ele vestir a toga continuam incertas.
O nome de Mendonça ainda não obteve trânsito livre sequer dentro do Supremo e enfrenta resistências no Senado. Ali, não há a menor pressa para inquiri-lo, tampouco para votar sua nomeação.
Para boa parte dos senadores, não basta que Mendonça inspire confiança ao presidente da República, nem que tente inspirar a eles. É preciso ser convincente, e não está sendo até aqui.
É por isso que Aras não perdeu a esperança.