Anderson Torres: hipotímico e com labilidade emocional constante
Boletim médico sobre o estado de saúde do ex-ministro da Justiça
atualizado
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Está tudo bem com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso há mais de 100 dias no Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal no Guará, pertinho de Brasília. Quer dizer: para ele poderia estar melhor se estivesse solto.
O pensamento de Torres está “agregado e organizado, com fluidez aparentemente normal, sem evidências de alteração da ‘sensopercepção’”, que vem ser a capacidade “de captação e estímulo de estímulos sensoriais”. Entendeu?
Seu humor, porém, encontra-se “hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família.” Noutras palavras: está dominado por uma imensa tristeza, apresentando por vezes “choro ou riso incontrolável”.
É o que consta de um laudo psiquiátrico encaminhado ao Supremo Tribunal Federal pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que concluiu: Torres está “em bom estado geral, atento e colaborativo”.
Seus advogados e amigos que o visitaram disseram que seu estado era péssimo e que ele falava com frequência em matar-se. Segundo o laudo, ele “refere crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida”. Ainda bem. Graças ao Senhor!
Torres não deverá ser solto tão cedo, nem transferido para um hospital penitenciário, como o ministro Alexandre de Moraes chegou a cogitar. Moraes determinou que a defesa de Torres se manifeste sobre o laudo em até 24 horas.
Canta, passarinho, vai, canta!