Ainda bem que Bolsonaro foi à Rússia e acalmou Vladimir Putin…
A reação do presidente russo poderia ter sido pior, quem sabe
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro, de volta de sua viagem relâmpago à Rússia na semana passada, disse que, coincidência ou não, foi só ele pôr os pés em Moscou para que Vladimir Putin anunciasse a retirada de parte de suas tropas que ameaçavam invadir a Ucrânia.
Mentiu. Putin mandou mais soldados para o cerco ao seu vizinho. E, ontem, reconheceu a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, enviou soldados para lá com a suposta missão de pacificar a área.
Seria o caso de perguntar a Bolsonaro se ele não estaria disposto a renovar a “solidariedade” que prestou a Putin ao reunir-se com ele no Kremlin… Os brasileiros têm direito de saber disso. A resposta de Bolsonaro interessa também à Europa e aos Estados Unidos.
O presidente da Ucrânia era um cômico de sucesso na televisão do seu país. Como presidente, revelou-se um desastre. Bolsonaro, antes de se eleger presidente, nem graça tinha, por mais que se esforçasse. Ele e o ucraniano são presidentes acidentais.
Bolsonaro, pelo menos, revelou-se um político flexível. Quem diria que um defensor da ditadura de 64, anticomunista desde moleque, daria as costas aos americanos e homenagearia os soldados soviéticos que morreram em defesa do seu país? Admirável!
A diplomacia brasileira sempre foi vista pelos outros países como uma das mais competentes. Mesmo os generais-presidentes da ditadura a respeitaram e valeram-se dos seus conselhos. Bolsonaro faz justamente o contrário, e com isso envergonha o país.