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A visita de Lula a Pernambuco se deu à sombra de Marília Arraes

Grávida pela terceira vez, a candidata que lidera todas as pesquisas ao governo deverá se casar novamente durante a campanha

atualizado

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Lula e Marília
1 de 1 Lula e Marília - Foto: Reprodução

A jornada de 48 horas em Pernambuco de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) se deu à sombra da candidatura da deputada federal Marília Arraes (SD) ao governo do Estado.

Na quarta-feira, em Garanhuns, onde Lula nasceu, Teresa Leitão, candidata do PT ao Senado, quase trocou em discurso o nome da vereadora local Marília Ferro pelo nome de Marília Arraes.

Em Serra Talhada, um assessor da prefeita Márcia Conrado (PT) pediu à sua equipe que arrancasse adesivos que estavam sendo distribuídos com o nome e rosto de Marília Arraes. O áudio vazou.

No comício, ontem, no Recife, o deputado Doriel Barros, presidente estadual do PT, ao citar os nomes dos candidatos apoiados por seu partido, trocou o de Teresa pelo de Marília:

“Estamos reunidos para fazer a luta do povo, da cidade, para que a gente possa dar uma grande vitória a Lula, a Danilo [Cabral, candidato do PSB ao governo] e a Marília, nossa senadora”.

Marília quis ser candidata do PT ao Senado e conversou duas vezes a respeito com seu colega, o deputado federal Danilo Cabral, escolhido pelo PSB para suceder o governador Paulo Câmara.

Mas o PSB não quis. O PT de Pernambuco, controlado pelo senador Humberto Costa, também não.  Marília trocou o PT pelo SD, montou sua chapa e lidera todas as pesquisas eleitorais.

Ela aparece na maioria das pesquisas com algo como 28% a 30%, seguida pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), com 13%, e por Cabral com 10%. São 11 candidatos ao governo.

A família Arraes, do ex-governador Miguel Arraes, esteve dividida na eleição municipal de 2020 quando Marília e o primo João Campos (PSB) disputaram a prefeitura do Recife. João venceu.

Agora, a família uniu-se em torno de Marília. O plano de João, filho do ex-governador Eduardo Campos, que morreu em 2014, é se reeleger prefeito em 2024 e se eleger governador em 2026.

O plano de Marília, que chama o primo de “Príncipe”, é se eleger governadora para estragar o plano dele. O PSB governa Pernambuco há 16 anos e a população dá sinais de cansaço.

Em 2006, candidato à reeleição, Lula teve dois palanques em Pernambuco: o de Eduardo Campos e o de Humberto Costa, candidatos ao governo. Pediu votos para os dois; Eduardo ganhou.

Desta vez, mesmo que não possa subir no palanque de Marília porque o PT e o PSB, coligados, apoiam Cabral, terá dois candidatos ao governo a pedirem votos para ele.

A visita ao Estado foi marcada para que Lula dissesse que seu candidato ao governo é Cabral – e ele disse. Mas ouviu vaias prolongadas toda vez que disse. Mais do que compreensível.

Cabral nunca foi aliado do PT. Na Câmara, votou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Marília faz campanha colada a Lula desde que era vereadora do PSB.

A reprovação ao governo de Câmara é de 70%. Há dois anos, o PSB perdeu prefeituras importantes no Grande Recife, Agreste e Sertão. Mãe de duas meninas, Marília está grávida.

A mais velha, de 7 anos, é do primeiro casamento da candidata. Marília conseguiu anular seu casamento e em breve, durante a campanha, casará oficialmente com seu segundo marido.

Se for eleita, assumirá o governo a poucas semanas de dar à luz. Pernambuco nunca viu uma grávida em campanha, e nunca foi governado por uma mulher.

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