A sucessão de Lula e a escolha de Haddad para ministro da Fazenda
As peças se movem
atualizado
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Lula só governará quatro anos como ele mesmo já anunciou não sei quantas vezes. À sombra de Lula desde que foi fundado, o PT carece de nomes para sucedê-lo. É preciso construir um desde já, e o que larga na frente por enquanto é Fernando Haddad.
Há quatro anos, preso e impedido de concorrer, Lula escolheu Jaques Wagner, ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, para ser candidato a presidente da República. Wagner não quis, preferiu disputar uma vaga no Senado pela Bahia, e se elegeu.
Então, Lula indicou Haddad, ex-prefeito de São Paulo, que disputou e foi derrotado no segundo turno por Bolsonaro. A pedido de Lula, e desta vez para ajudá-lo a derrotar Bolsonaro, Haddad candidatou-se ao governo de São Paulo e perdeu.
Foi Haddad que teve a ideia de aproximar Lula de Geraldo Alckmin. Foi ele que costurou a aliança entre os dois que parecia impossível. O PT tem muitos nomes para ministro, mas só dois com a certeza de que serão: Haddad e Gleisi Hoffmann.
Presidente do PT, deputada federal, Gleisi foi chefe da Casa Civil do primeiro governo de Dilma. Deverá voltar ao antigo posto a partir de 1º de janeiro. Haddad, que já foi ministro da Educação dos governos Lula e Dilma, desta vez não quer ser.
Dá-se dentro do PT que seu nome é praticamente certo para o Ministério da Fazenda a ser recriado. O que ainda não se sabe é se será recriado também o Ministério do Planejamento, e ali alojado um nome de fora dos quadros do PT. É provável.
O Banco Central tem dono pelos próximos 3 anos: Roberto Campos Neto. A escolha de Haddad para a Fazenda é garantia de que Lula não perderá seu protagonismo na área econômica, e que o PT contará com um eventual candidato a presidente em 2026.
A conferir. Quem manda é Lula, sem desprezo do acaso.