A resposta do “tal de Queiroga” a Bolsonaro: vacina para todos!
Ministro da Saúde alia-se a outras autoridades do governo para dar o exemplo de que contra a Covid-19 só vacina funciona
atualizado
Compartilhar notícia
Marcelo Queiroga, médico, o quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro em pouco mais de um ano, visitou um posto de imunização no Guará, uma das regiões administrativas de Brasília, e vacinou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e embaixadores.
Foi “uma ação simbólica”, segundo o titular da Saúde. Foi também uma resposta indireta a Bolsonaro, que tem se empenhado em desacreditar a eficácia das vacinas. Bolsonaro ainda não se vacinou. “Na hora que se sentir confortável, ele tomará a decisão dele”, disse Queiroga. “Nosso governo é liberal e prega a liberdade das pessoas.”
Foi curioso ver Bolsonaro, ontem, sem máscara, em uma audiência por videoconferência com o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. A Pfizer tentou vender vacina ao governo brasileiro durante mais de seis meses no ano passado, mas a compra só foi acertada em março último. Bolsonaro não tinha pressa.
Até o momento, segundo dados do The New York Times, mais de 2,33 bilhões de doses foram aplicadas no mundo, o equivalente a 30 doses para cada 100 pessoas. O Brasil ocupa apenas a 60ª posição, com 36 doses administradas para cada 100 pessoas, muito atrás de países como Israel, Estados Unidos e Reino Unido.
Lidera o ranking Seychelles, país da África Oriental que já aplicou 141 doses para cada 100 habitantes, representando um total de 72% de sua população recebendo ao menos a primeira dose e 68% estando completamente vacinados. Depois, Emirados Árabes Unidos, Israel, Malta e Bahrein.