A quem engana André Mendonça, indicado para ministro do STF
À caça de votos, ele diz o que seus interlocutores querem ouvir
atualizado
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Em encontro com senadores do PT e outros que fazem oposição ao governo, conforme relato de O Globo, André Mendonça, aspirante a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, disse que uma coisa é ser ministro, outra é ser magistrado. E que prefere ser chamado de protestante e não de terrivelmente evangélico.
Defendeu o estado de direito democrático e afirmou que uma vez ministro do Supremo será escravo da Constituição. Não irá para o tribunal defender os interesses do governo, mas julgar de acordo com a sua consciência. Calou-se quando perguntado sobre o aborto e o voto impresso. Ganhou alguns votos com isso.
Resta saber a quem ele engana – se aos senadores dos quais depende a aprovação do seu nome, ou se ao presidente Jair Bolsonaro que o indicou. Um dos seus maiores cabos eleitorais é o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) não confia em Mendonça. Acha que ele trairá seu pai.