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A poeira que cobre o PT ameaça cobrir Lula se ele não abrir os olhos

Sem provas que mostrem o contrário, a eleição na Venezuela foi fraudada por Maduro e sua gangue

atualizado

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Jesus Vargas/Getty Images
Imagem colorida mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua vice - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua vice - Metrópoles - Foto: Jesus Vargas/Getty Images

O PT envelheceu – até aí, nenhuma novidade, é fato. Os partidos envelhecem e são poucos os que se renovam. E muitos dos novos partidos nascem velhos. Estamos repleto deles, alguns já mortos, apenas à espera de baixar à sepultura.

Resta saber se o fundador do PT, Luiz Inácio, que no passado detestava usar macacão de operário e não escondia seu amor pelas gravatas de marca; resta saber se ele envelheceu tanto ou mais do que o PT. Não parece, mas, em todo caso…

Apressado come cru. A Executiva Nacional do PT disse que o processo eleitoral na Venezuela foi uma jornada “pacífica, democrática e soberana”. E que o importante é que Nicolás Maduro, reeleito, “continue o diálogo com a oposição”.

Como foi uma jornada “pacífica e democrática”? Na Venezuela, a Justiça é livre ou é controlada do alto por Maduro e os militares? A imprensa é livre? Qualquer cidadão pode manifestar-se livremente sem o risco de ser preso?

País algum é um paraíso. No mais rico do planeta, os Estados Unidos, quase 40 milhões de pessoas, ou 10% dos americanos, vivem em um estado de pobreza excessiva; é um percentual maior da população que o do Canadá e da Coreia do Sul.

Mas a Venezuela, desde que Maduro assumiu o poder há 11 anos, já perdeu um quarto dos seus habitantes, pessoas que fugiram da falta de trabalho, de remédios e de condições de levar uma vida decente. Sem falar da falta de liberdade.

A maior ameaça à reeleição de Maduro era a candidatura de Maria Corina Machado, professora, deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014, quando teve seu mandato cassado depois de liderar protestos contra o regime.

Em junho de 2023, ao sair na frente nas primárias da oposição para a eleição presidencial, Maria Corina foi proibida por 15 anos de ocupar cargos públicos pela Controladoria-Geral da Venezuela. Edmundo González a substituiu.

Menos de 24 horas após o Conselho Nacional Eleitoral anunciar a vitória de Maduro, Maria Corina afirmou que a oposição tem como provar que González foi o vencedor da eleição; é, portanto, o novo presidente da Venezuela.

Segundo ela, a oposição conseguiu reunir mais de 70% das atas de votação de cada zona eleitoral do país: “Acho relevante dizer que essas atas registram 2.759.256 milhões de votos para Maduro, e para Edmundo González, 6.275.130”.

Os dados da oposição mostram números diferentes do órgão eleitoral dirigido por um aliado de Maduro, que proclamou a vitória do ditador por 5.150.092 votos contra 4.445.978 de González, uma vez apuradas 80% das urnas.

Os críticos de Lula começaram a dizer que ele se meteu numa tremenda saia-justa ao despachar para a Venezuela seu assessor especial, o ex-ministro Celso Amorim, com a missão de verificar se a eleição de domingo foi limpa ou suja.

Não, Lula fez certo. Meter-se-á, porém, numa tremenda saia-justa se avalizar o resultado da eleição sem provas definitivas, e que convençam o mundo, de que não houve fraude. Então, sim, Lula terá envelhecido tanto ou mais rápido do que o PT.

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