A mentira como base para a instalação de um regime fascista
Ato falho de Bolsonaro no programa do Ratinho
atualizado
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Mais um ato falho de Bolsonaro. Na última terça-feira, em conversa amigável no programa do Ratinho, do SBT, oferecida ao público como se fosse uma entrevista de verdade, Bolsonaro disse:
“Caiu assustadoramente no Brasil o número de casos de violência contra as mulheres”.
Assustadoramente? Se tivesse caído, não seria coisa para assustar a ninguém, mas para ser comemorado. Verdade que Bolsonaro é um analfabeto funcional que não sabe usar as palavras.
De resto, nesse caso, ele mentiu, outra vez. Bolsonaro mente com tamanha frequência e naturalidade que é incapaz de se dar conta disso. A mentira compulsiva é uma das armas do fascista.
Não caiu o número de casos de violência contra as mulheres no Brasil; pode ter caído, por variadas razões, o registro do número de casos. Bolsonaro não consegue esconder sua aversão às mulheres.
E, entre essas, às jornalistas, de preferência. Por que? Porque elas perguntam ou dizem o que ele não gostaria de responder nem de escutar. Sua misoginia contamina seus seguidores.
Segundo o Repórter sem Fronteira, no primeiro mês de campanha das eleições deste ano no Brasil, apareceram nas redes 2,8 milhões de posts com ofensas a jornalistas, 88% deles mulheres.
Bolsonaro ama a violência; sentee prazer com o sofrimento alheio. Não sentisse, não exaltaria a tortura de opositores da ditadura militar de 64. Lamentou que ela não tivesse matado mais gente.
Está no livro “O negócio de Jair”, da jornalista Juliana Dal Piva, o que Bolsonaro disse em entrevista à BAND em 1999 e nunca retificou:
“Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Você só vai mudar, infelizmente, quando partirmos para a guerra civil aqui dentro matando 30 mil pessoas”.
Nos seus quatro tristes anos de desgoverno, Bolsonaro começou a criar as condições para isso com o programa armamento para todos – ou melhor: para os que possam comprar armas.