A herança maldita de Bolsonaro, o pior presidente da história
Breve relato de como o país andou para trás
atualizado
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Ao seu modo elegante, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin observou: “O governo federal andou para atrás”. Poderia ter dito: “Bolsonaro destruiu o Brasil ou grande parte dele”. Mas se dissesse, não seria Alckmin; estaria mais para Lula.
É o que mostram os dados colhidos pela equipe de transição do novo governo. O acompanhamento da vacinação infantil caiu de 68% para 45% nos últimos quatro anos na gestão Bolsonaro. No Cadastro Único para Programas Sociais, apenas 60% dos dados estão atualizados.
O Brasil voltou ao Mapa da Fome das Nações Unidas: mais 5,8 milhões passaram a viver em condição de extrema pobreza, levando o total a quase 18 milhões. Há 14 mil obras paradas, e 93% das rodovias federais não têm contrato de manutenção.
Nos órgãos ambientais, 2.103 cargos estão vagos. No Ibama só 700 atuam na fiscalização (nem todos em campo), quando já foram 1.800. O desmatamento da Amazônia aumentou 60%. O Fundo Amazônia foi congelado com R$ 3,3 bilhões em caixa.
O governo desprezou a agricultura familiar e desmantelou os estoques reguladores. A queda no armazenamento de arroz chegou a 95%. Isso favoreceu a escalada da inflação de alimentos. Na educação, a verba da merenda escolar estancou em 36 centavos por aluno.
Na assistência social, a espera pelo BPC saltou de 78 para 311 dias. Na habitação popular, a União zerou as contratações para famílias de baixa renda. No combate à seca, o programa que já levou 1 milhão de cisternas ao semiárido não entregará nem mil em 2022.