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A esse show de insultos e de baixarias dá-se o nome de debate

O mar de lama que ameaça afogar a eleição em São Paulo

atualizado

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Reprodução/TV Gazeta
Imagem colorida mostra candidatos alinhados em debate - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra candidatos alinhados em debate - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Gazeta

Quem atirou primeiro foi Pablo Marçal (PRTB), ao voltar a sugerir que Guilherme Boulos (PSOL) se droga e acusar Lula de ser “o maior ladrão” do país. Boulos devolveu, chamando Marçal de “criminoso” e de “viciado em mentir”. Então, a pancadaria tomou conta de mais um debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo.

“Vou responder o ladrãozinho de creche”, disse Boulos para Ricardo Nunes (MDB). “Você não vai reverter nada porque eu não vou deixar você chegar na prefeitura, invasor de propriedade”, retrucou Nunes. Marçal chamou Nunes de “Bananinha”. O prefeito respondeu irritado e valente:

Bananinha foi o que você comeu na cadeia. Bananinha foi o lanchinho que os policiais da Polícia Federal te deram lá, tchuchuca do PCC”.

Tabata Amaral (PSB) cobrou de Marçal a apresentação de propostas para solucionar os principais problemas da capital paulistaE ouviu dele: “Garota, deixa te explicar uma coisa. Esse aqui não é um jogo para ver quem tem melhor proposta. É para ver quem aguenta mais essa encheção de saco”.

Em seguida, Marçal engrossou com Tabata: “A ‘chatabata’ está aqui para ver se coloca ‘uns oito’ deputados federais na próxima eleição”. Que replicou: Pablo está todo machão, como ele se apresenta, com exceção de que é contra uma mulher. Deve ter uma questão no subconsciente”. Luiz Datena (PSDB) aproveitou a deixa:

“Um bandidinho virtual, de internet, como esse Pablo Marçal que desvirtuou os debates. Me chamou de fujão. Fujão é ele que teve que dar no pé para os Estados Unidos para não cumprir mais tempo de cadeia”.

Visivelmente satisfeito com o rumo que as coisas haviam tomado, Marçal confessou fingindo-se de sério e posando de vítima: “Eu queria ser educado, mas eu sou alguém da extrema riqueza que já foi da pobreza. Eu gosto de baixaria, eu gosto do que vocês estão fazendo aqui, vocês estão mexendo com a pessoa errada.”

Boulos e Nunes faltaram ao debate anterior, promovido pela revista Veja, para não servirem de escada para Marçal. Criticados por isso, compareceram ao debate da TV Gazeta-My News por acreditar na aplicação de regras mais duras. Uma delas, por exemplo, previa a expulsão do candidato que, advertido, reincidisse no erro.

A moderadora do debate tentou aplicar as regras, mas perdeu-se, e deu no que deu. Marçal pontificou. Seus adversários, claramente, não gostam e não sabem jogar o jogo da baixaria e do desrespeito ao próximo. Marçal desperta os instintos mais primitivos das pessoas que o assistem e que aprovam seus métodos.

Se os paulistanos querem um prefeito assim, terão em breve, é só votar nele. Se tiverem é porque de fato o merecem. Para Marçal, pouco importa. Essa eleição é dele e ninguém toma. É dele se eleja ou não.  Está fazendo um bom negócio. Ficará mais rico do que é.  E em 2026, será Marçal de novo, desta vez para presidente.

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