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A eleição emocionante de Fortaleza, onde o PT e o PL se enfrentam

À sombra de Lula e Bolsonaro

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Arte mostra desenhos dos candidatos à presidência Lula e Bolsonaro sob as cores, respectivamente, vermelho e azul - Metrópoles
1 de 1 Arte mostra desenhos dos candidatos à presidência Lula e Bolsonaro sob as cores, respectivamente, vermelho e azul - Metrópoles - Foto: Yanka Romão/Metrópoles

Saudoso da polarização política? Pois é: quebrou a cara quem imaginou que as eleições municipais de 2024 ocorreriam à sombra de Lula e Bolsonaro. Por razões diversas, ambos se pouparam.

Lula, por uma boa razão: seu governo reúne ministros de 12 partidos. Se ele apostasse suas fichas em candidatos do PT a prefeito, arranjaria briga com os demais.

De resto, Lula sabia que o desempenho do PT seria fraco, como ficou provado no primeiro turno. Por que desgastar sua imagem tomando partido? Eleição passa, o governo continua.

Bolsonaro poupou-se por outras razões. Está inelegível até 2030 e poderá ser condenado em outros processos. Se não recuperar logo os direitos políticos, jogará a toalha e irá cuidar da vida.

Não bastasse, Bolsonaro sequer tem um partido para chamar de seu. O PL, onde se abriga, é de Valdemar Costa Neto. E o candidato de Costa Neto a presidente é Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No principal palco político do país, a capital de São Paulo, Lula se expôs em defesa de Guilherme Boulos (PSOL). Bolsonaro nem isso, uma vez que seus eleitores se dividiram.

No segundo maior palco político do país, a cidade do Rio, Lula ganhou ao apoiar Eduardo Paes (PSD), e Bolsonaro, no seu berço eleitoral, perdeu com o delegado Alexandre Ramagem (PL).

Bolsonaro ainda alimenta a esperança de vencer no terceiro maior palco político do país, Belo Horizonte, onde o PT ficou de fora do segundo turno. Mas a esperança já foi muito maior.

Bruno Engler (PL), bolsonarista de raiz, acabou ultrapassado por Fuad Noman (PSD), prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição. Os votos do PT migraram para Noman.

Aconteceu a mesma coisa em Goiânia, onde Bolsonaro fez questão de apoiar Fred Rodrigues (PL) só pelo prazer de derrotar Sandro Mabel (União), candidato do governador Ronaldo Caiado (União).

Faltaram poucos votos para que a candidata do PT disputasse o segundo turno. Os votos da candidata migraram para Mabel. Caiado planeja candidatar-se a presidente contra Lula em 2026.

Recomendo aos órfãos de uma peleja Bolsonaro x Lula que acompanhem a eleição em Fortaleza. Ali, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) estão empatados – 43% a 43%.

Nesta semana, Lula foi a Fortaleza para dar uma força a Evandro. Bolsonaro não apareceu porque André acha que ele pode subtrair-lhe votos, ao invés de acrescentar. Há 21% de indecisos.

Entre as mulheres, por exemplo, Evandro lidera com 48% a 37%. André lidera entre os homens: 50% a 37%. Entre os pobres, Evandro tem 45% e André 38%. Entre os ricos, André 49% a 41%.

Quando o eleitorado é dividido por religião, André ganha entre os evangélicos (63% a 24%). Mas perde entre os católicos (37% a 49%). Cuiabá é outro lugar onde o PT e o PL se confrontam.

Segundo pesquisa Quaest, Abílio Brunini (PL) tem 44% das intenções de voto e Lúdio Cabral (PT), 41%. Os candidatos estão empatados tecnicamente considerando a margem de erro.

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