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A dama Tabata Amaral e o intrincado jogo de xadrez em São Paulo

Tudo pode acontecer, e assim será até domingo

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Ashlley Mello / Divulgação Campanha Tabata Amaral
TABATA AMARAL CAMPANHA (2)
1 de 1 TABATA AMARAL CAMPANHA (2) - Foto: Ashlley Mello / Divulgação Campanha Tabata Amaral

Está nas mãos da deputada federal Tabata Amaral (PSB) e dos seus eleitores o destino da eleição em primeiro turno para prefeito de São Paulo. Na mais recente pesquisa Quaest, ela cresceu quatro pontos. Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) oscilaram um ponto dentro da margem de erro.

Marçal é o único que só teria a ganhar se Tabata continuasse subindo. Os votos de Marçal são dele e ninguém os toma. Quem vota em Tabata não vota em Marçal, votaria preferencialmente em Boulos e um pouquinho em Nunes. Portanto, para Marçal, toda a força à dama Tabata para enfraquecer Boulos e Nunes.

A escalada de Tabata não interessa a Boulos. O melhor para ele seria herdar a maioria dos votos que ela tem para distanciar-se de Marçal e – quem sabe? – ultrapassar Nunes. Mas também é verdade que Boulos e Marçal têm um inimigo em comum: Nunes, que precisam tirar da frente. E, de certa forma, Tabata os ajuda.

Bons tempos em que as eleições, na prática, terminavam 72 horas antes do fechamento das urnas. Na era das redes sociais, elas se arrastam até o início da apuração dos votos. Uma fatia expressiva dos eleitores decide em que irá votar no domingo antes de sair de casa, ou em meio ao caminho, ou quando chega à seção eleitoral.

A alienação eleitoral (a soma da abstenção com os votos nulos e em branco) pode decidir uma eleição apertada como será a de São Paulo. Junte-se a isso o chamado “voto envergonhado”, cujo tamanho só se revela quando é tarde demais. Marçal diz que o “voto envergonhado” garantirá sua vaga no segundo turno.

Pode ser. Mas pode não ser.  Antigamente, candidatos sentiam vergonha de admitir que eram de direita. No máximo, diziam-se de centro-direita. A direita, hoje, aqui e por toda parte, bate no peito, levanta a cabeça e orgulha-se de se assumir como tal, além de guardiões radicais do direito à livre manifestação de pensamento.

Não creio que eleitores de Marçal prefiram esconder seu voto. Creio, sim, que eleitores indecisos, e os insatisfeitos com Nunes, possam em cima da hora votar em Marçal. Sinceramente? Boulos torce em silêncio para que Marçal não morra na praia. O sonho de consumo de Boulos é enfrentar Marçal no segundo turno

Bolsonaro deixou Nunes ao Deus dará. Só quem dá a mão a Nunes é o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ainda assim porque não tem outro jeito. Amanhã, a TV Globo promoverá o último debate entre os candidatos a prefeito. Um passo em falso poderá ser mortal para qualquer um deles.

O apoio mais ambicionado no segundo turno em São Paulo será o de Tabata.

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