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A Covid-19 pega Lula, Janja e assombra Bolsonaro, seu parceiro nº1

O acerto de contas está próximo…

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Ricardo Stuckert
ex-presidente Lula e a noiva Janja - Metrópoles
1 de 1 ex-presidente Lula e a noiva Janja - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert

Soube-se, ontem à noite, por meio da conta oficial de Lula no Twitter, que ele e Janja, sua mulher, contraíram a Covid-19 e estão isolados – Lula sem sintomas, Janja com alguns, leves.

É assim que fazem as figuras públicas responsáveis. Antigamente, porém, elas não faziam assim. No exercício do cargo, o presidente Juscelino Kubitschek enfartou e só se soube anos mais tarde.

Petrônio Portella, ministro da Justiça do general Ernesto Geisel, o terceiro presidente da ditadura militar de 64, escondeu que tinha problemas cardíacos até que um dia morreu de repente.

Fez pior Tancredo Neves, o presidente eleito que morreu sem tomar posse. Escondeu um infarto que sofreu depois de eleito e adiou a operação que descobriu um tumor no seu abdômen.

Lula ficou rouco depois de um câncer na laringe descoberto no final de 2011. O tratamento deixou-o careca e sem barba. O país acompanhou passo a passo a sua recuperação.

Dilma Rousseff teve um câncer. O tumor estava alojado na axila esquerda. À época, ela era chefe da Casa Civil. O país acompanhou seu sofrimento. Elegeu-se presidente um ano depois.

Bolsonaro, que faz questão de exibir a costura da operação que o salvou de morrer depois da facada que levou em Juiz de Fora, esconde até hoje se de fato a Covid-19 o pegou ou não.

Recusou-se a mostrar os exames que comprovariam que o vírus o deixou em paz. Obrigado pela Justiça a mostrá-los, nunca ficou claro se os exames eram dele ou de outra pessoa.

Àquela altura da pandemia, Bolsonaro vociferava contra as medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos, e avalizadas pelo Supremo Tribunal Federal.

Seu discurso teria ido pelo ralo caso restasse comprovado que ele contraíra o vírus. Pelo menos 23 pessoas no seu entorno, entre ministros e assessores, adoeceram.

Muitas delas, mais tarde, se vacinaram às escondidas dele porque Bolsonaro não usava máscara, era contra vacina e receitava cloroquina, uma droga ineficaz para o combate à Covid-19.

Importante para Bolsonaro era salvar a economia mesmo que às custas de milhares de vidas. Por mais que tenha se esforçado, não salvou a economia. Morreu muita gente que poderia ter sido salva.

A 4 meses das próximas eleições, 21 pontos atrás de Lula na mais recente pesquisa Datafolha, ele não sabe qual seria seu inimigo mais mortal – se a inflação ou se uma nova onda da Covid-19.

O país registrou neste domingo 4.591 casos da Covid-19, totalizando 31.153.765 infectados pelo coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 29.342 diagnósticos positivos.

O número é 103% maior que o cálculo de 15 dias atrás, o que mostra tendência de alta pelo décimo dia consecutivo. Ninguém mais do que Bolsonaro foi sócio do vírus que ainda o assombra.

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