A chamada terceira via é de direita e irá com Bolsonaro contra Lula
Ciro Gomes namora o União Brasil, que tem muito dinheiro e amplo espaço de propaganda no rádio e na televisão
atualizado
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Se Ciro Gomes (PDT), impiedoso adversário de Lula e Bolsonaro, agora admite se entender com o grupo de partidos à caça de um nome para candidato da terceira via a presidente, por que não pode ser ele o escolhido? Não é direita de raiz? Em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Ciro não apoiaria Bolsonaro?
Uma parte, talvez a maior desse grupo de partidos (MDB, PSDB, União Brasil, Cidadania), acabará no colo de Bolsonaro no primeiro ou no segundo turno, porque tem mais afinidade com ele. Admitir isso, a essa altura, seria contraproducente. Mas a verdade é essa, a manter-se escondida até quando for possível.
Nenhum candidato recusa apoio, e Ciro não recusará. Mas ele está mesmo é interessado em se compor com o União Brasil, a noiva mais disputada no momento, porque dispõe de dinheiro farto e de tempo generoso de propaganda eleitoral no rádio na televisão. Se mais algum partido quiser apoiá-lo, Ciro ficará grato.
Simone Tebet, aspirante a candidata pelo MDB, voltou a dizer que não contem com ela para vice de ninguém. Silêncio é ouro, palavra é prata, mas, como lhe perguntaram, foi o que ela disse. Até que desista ou que seja golpeado, o candidato do PSDB a presidente é João Doria, ou João Teimoso, que se recusa a abandonar o palco.
Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, a essa altura topa tudo, inclusive ser candidato a vice. Derrotado por Doria nas eleições primárias do PSDB, ele mandou os escrúpulos às favas. É o nome queridinho da Brigadeiro Faria Lima, bastião das maiores fortunas do país, que contra Lula fechará outra vez com Bolsonaro.