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A busca na casa de Moro e o que Bolsonaro mais teme

No caso do ex-juiz, é no que que dá você se meter com o que não entende

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Ex-juiz Sergio Moro chega no evento de lançamento da pré-candidatura à presidência da república do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar
1 de 1 Ex-juiz Sergio Moro chega no evento de lançamento da pré-candidatura à presidência da república do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), autorizou a busca de documentos na casa do ex-juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

São peças de campanha e de publicidade que desrespeitaram as exigências da lei. Moro é candidato do União Brasil ao Senado. Faltou-lhe apoio para ser candidato a presidente.

Melissa acolheu pedido do PT, que alega que Moro e seu suplente usam materiais impressos que violam a legislação eleitoral e que suas redes sociais publicam propaganda irregular.

Por que a busca foi na casa de Moro e não no seu comitê de campanha? Porque Moro deu sua casa como endereço do comitê. Só político amador ou pobre faz isso. Pobre, Moro não é.

A busca provocou comoção social? Não. Quem saiu em defesa de Moro? Ele, Moro, e sua mulher, a advogada Rosângela Moro, candidata a deputada federal em São Paulo.

O União Brasil, não saiu em defesa do ex-juiz? Até  a noite de ontem, não. Tudo indica que não sairá. O PODEMOS, ex-partido de Moro, o acusa de ter pedido reembolso pela compra de roupas.

Há notas fiscais que provam que Moro quis ser reembolsado pelo PODEMOS com o dinheiro do Fundo Eleitoral depois de ter comprado um terno completo, camisas e até bermudas.

Moro condenou Lula pela compra de um apartamento triplex na praia do Guarujá que nunca se consumou, e por usar nos fins de semana de descanso um sítio de propriedade de terceiros.

O Supremo Tribunal Federal anulou as condenações por considerar que Lula não poderia ter sido processado em Curitiba, e julgar que Moro comportou-se de forma parcial.

O PT celebra a decisão da juíza, mas Bolsonaro, adversário de Moro, não. Ele morre de medo de que uma vez derrotado, passe a ser alvo de medidas judiciais. Como Michel Temer foi.

Mal deixou a presidência da República, Temer foi preso no meio da rua, em São Paulo. E levado preso para o Rio, e mais tarde solto. Bolsonaro sabe muito bem onde seu rabo dói.

Ele fez todo o possível para se preservar. Decretou sigilo de até 100 anos sobre informações e documentos que possam lhe causar embaraços. Mas o próximo presidente pode suspender o sigilo.

É mais por isso do que por qualquer outra coisa que Bolsonaro quer se reeleger, que ele precisa se reeleger, que seus filhos querem que ele se reeleja. Sem imunidade, Bolsonaro corre sério perigo.

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