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Queda da pobreza surge como novo desafio da comunicação de Lula

Resultados econômicos são positivos, mas governo não consegue passar mensagem adiante

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz discurso durante a cerimônia que marca a retomada do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nesta terça, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)
1 de 1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz discurso durante a cerimônia que marca a retomada do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nesta terça, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

“É bom pra todo mundo”. O slogan do governo federal para o novo momento do terceiro mandato de Lula (PT) ainda não pegou, mas tem uma nova chance de reanimar nesta semana. Isso porque segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a pobreza no Brasil caiu em 25 Estados e no Distrito Federal.

Segundo análise do IJSN (Instituto Jones dos Santos Neves), as taxas de pobreza e extrema pobreza caíram em 2023 para os menores patamares da história no índice criado em 2012. Conforme o estudo, a taxa de pobreza caiu de 31,6% em 2022 para 27,5% em 2023. Já a estrema pobreza caiu de 5,9% em 2022 para 4,4% no ano passado.

Se a taxa de pobreza cai, o PIB (Produto Interno Bruto) cresce e o desemprego estaciona no menor patamar em nove anos, por que as pesquisas mostram Lula tão impopular? Segundo o Palácio do Planalto, isso é culpa da polarização.

Para o governo Lula, já é consenso que as pesquisas de opinião nunca trarão resultados positivos muito superiores aos negativos e regulares. A estratégia do Palácio do Planalto, portanto, é trazer o “eleitor regular” para o jogo. O slogan “É bom para todo mundo” parte daí.

Na última pesquisa Datafolha, realizada em 19 e 20 de março, 35% consideraram o governo ótimo ou bom; 33% avaliaram a gestão como ruim ou péssima e; 30% consideraram o governo regular.

Como o blog mostrou, o governo quer parar de apostar na polarização com Jair Bolsonaro (PL) e oferecer “uma ponte da divergência para a convergência”. A comunicação da Secom de Lula deve “oferecer a eles [eleitor regular] uma saída para que possam valorizar as ações do governo sem renunciar às suas preferências políticas e sem que isso represente ‘adesão ao governo’”.

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