PT na dúvida se faz ensaio da posse, para não dar pistas ao “inimigo”
Comum a cada quatro anos, a encenação com sósias, ou pessoas com semelhanças com os protagonistas, pode não ocorrer agora
atualizado
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Comum a cada quatro anos na Esplanada, dessa vez é possível não ter o providencial ensaio da posse presidencial, que ocorre sempre às vésperas dessa solenidade de fato, que acontece todo 1º de janeiro.
Por questões de segurança, gente do PT próximo a Lula acha que seria melhor evitar a encenação da passagem do cortejo de Lula e Alckmin, com Janja da Silva e Lu Alckmin, respectivamente, pela Esplanada. Como toda vez que ocorre essa encenação, os protagonistas não comparecem. São substituídos por outras pessoas, geralmente um sósia ou alguém com as mesmas semelhanças físicas.
Mesmo com os detalhes, como os horários e os locais do evento já tornados públicos pelo Congresso Nacional, há dúvidas até mesmo entre os responsáveis pela segurança de Lula se o ensaio deva ocorrer. Esse assunto está sendo discutido.
Os carros saem da Catedral até o Congresso, no início da tarde.
Nos ensaios anteriores, por exemplo, das posses de Jair Bolsonaro (em 2018) e Dilma Rousseff (em 2014), foi usado até mesmo o Rolls Royce, da Presidência da República. Mas as condições do veículo foram colocadas em xeque pela futura primeira-dama, Janja da Silva, que anunciou que o carro está “danificado” e pode não ser usado.
O receio da segurança é que a encenação revele detalhes que possam chamar a atenção de bolsonaristas. Eles acham que, para fazer essa prévia, seria necessário mobilizar militantes do PT na Esplanada, para a cena ficar mais próxima do real.
No caso de Bolsonaro, em 2018, foram realizadas até dois ensaios: um no dia 23 e outro no dia 30, de dezembro. Já para a primeira posse de Dilma, em 2010, foi usado até uma sósia da petista, em 19 de dezembro daquele ano. Em 2014, a encenação ocorreu no dia 28 de dezembro.