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Próximo passo da campanha de Ramagem esbarra no boquirroto Bolsonaro

Equipe quer ignorar “Abin Paralela” e desnacionalizar assunto; Ex-presidente sobe o tom

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem
1 de 1 Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Durante ato de pré-campanha do ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem (PL), na quinta-feira (18/07), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu o tom contra as investigações da Polícia Federal (PF) e repetiu mentiras sobre o processo eleitoral de 2022.

Em um trio elétrico em Campo Grande, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que “o que aconteceu no final de 2022, um dia, nós recuperando a liberdade de expressão, e vocês tomarão conhecimento”.

“Eu repito: quem fez o meu divórcio [da Presidência da República] em 2022 não foi a população brasileira” — Jair Bolsonaro

A fala vai de encontro frontal com o que a campanha de Ramagem queria para o ato. Integrantes da equipe que tenta eleger o deputado federal como prefeito do Rio querem “desnacionalizar” o tema e querem focar “nos problemas da capital carioca”.

O deputado quer que a investigação (e a defesa) no caso da “Abin Paralela” fique em segundo plano e só seja lembrado quando os adversários destacarem em debates. 

Segundo Bolsonaro, Ramagem é “alvo de perseguição”: “Pagam um preço alto por se ombrearem comigo. Vocês sabem como somos perseguidos. Ramagem já começa a pagar um preço alto pela sua ousadia de querer pensar e sonhar em administrar uma cidade”.

Ramagem foi o único que não falou sobre as apurações da PF. Na quarta-feira (17/07), o ex-diretor da Abin ficou por seis horas na superintendência da Polícia Federal no Rio, e respondeu cerca de 130 perguntas sobre o seu envolvimento em um suposto caso de arapongagem.

As investigações mostram que Ramagem foi peça determinante no esquema de espionagem ilegal contra adversário políticos de Jair Bolsonaro e na tentativa de blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na apuração contra o esquema de rachadinhas na Alerj, quando era deputado estadual.

Segundo pequisa Datafolha, divulgada pela Folha de S.Paulo em 5 de julho, Ramagem segue em terceiro lugar na disputa, muito atrás do líder Eduardo Paes (PSD). Eis os resultados:

  • Eduardo Paes (PSD): 53%;
  • Tarcísio Motta (PSOL): 9%;
  • Delegado Ramagem (PL): 7%;
  • Juliete Panjota (UP): 3%;
  • Cyro Carcia (PSTU): 3%;
  • Rodrigo Amorim (União Brasil): 2%;
  • Marcelo Queiroz (PP): 2%;
  • Dani Balbi (PCdoB): 1%;
  • Carol Sponza (Novo): 0%;
  • Em branco/nulo/nenhum: 14%;
  • Não sabem: 5%.

A pesquisa entrevistou 840 eleitores de 16 anos ou mais, presencialmente, no Rio de Janeiro, de 2 a 4 de junho. A pesquisa do Datafolha foi registrada no TSE sob o número RJ-06701/2024.

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