Próximo de seu terceiro mandato, Lula quer fazer o seu melhor governo
Petista quer, de fato, colocar quem deve ajudá-lo a se eleger em cargos no governo
atualizado
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Lula chega a este segundo turno, na sua sexta disputa presidencial, com chances de vitória. Se de fato vencer, como apontam todas as pesquisas, terá seu maior desafio como governante. E quer fazer de seu terceiro mandato, seu melhor governo.
As condições de disputa hoje são as mais adversas. O petista enfrenta uma máquina de Estado, com injeção de bilhões de reais em programas de última hora, feito no improviso, um adversário que prega o ódio, uma rede de fake news e mentiras e com uma feroz extrema-direita do outro lado.
Lula está com 77 anos. A última vez que disputou o Palácio do Planalto tinha 65 anos. Essa eleição de 2022 o consumiu fisicamente. Exigiu viagens, comícios e cuidados duplicados com sua segurança. A realização do segundo turno exigiu ainda mais.
A campanha o desgastou, mas ele se mostrou preparado. A eleição de hoje é muito diferente das que passaram.
Para enfrentar, se vencer, o “legado” de Bolsonaro, Lula vai precisar de uma força conjunta, de uma frente ampla e de gente boa de todo o lado democrático possível. Quem está ajudando a elegê-lo será necessário na hora de governar.
Lula tem dito aos quatro ventos que, vencendo, não fará um governo só de petistas. Que assim seja. Ele quer a seu lado a turma de economistas do Plano Real a Simone Tebet e de Marina Silva a Eliziane Gama. E, se ele aceitar, um posto para Joaquim Barbosa. Ainda: Geraldo Alckmin não será vice de fachada e pode ocupar um ministério.
O petista quer um ministério de pessoas com prestígio e respeito na sociedade. Ao contrário das gestões anteriores, não deseja lotear a Esplanada só com apaniguados petistas.
Lula não faz questão de sair com mais de 80% de popularidade, como se deu quando deixou seu segundo mandato. Quer entregar um país melhor do que pegou, em especial em dois aspectos: o Brasil fora do Mapa da Fome – com os 33 milhões de pessoas fazendo as três refeições – e dar estabilidade democrática ao país, com funcionamento regular das instituições, sem ameaças e levantes.
E só terá quatro anos. Vencendo, não irá mesmo disputar a reeleição. É o que tem garantido.