Posição unânime do PSol contra arcabouço não muda relação com governo
Partido é fundamental para o governo no combate ao bolsonarismo e no apoio de outras propostas do Planalto
atualizado
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Os 12 deputados do PSol votaram contra o novo marco fiscal na noite de ontem, no plenário da Câmara. Não era surpresa. Já esperado. O partido tinha se manifestado contrário ao texto na votação da urgência, na semana passada.
Essa posição do partido em nada irá alterar a relação do PSol com o governo e com sua base, em especial o PT, no Congresso Nacional.
Os parlamentares do PSol seguem sendo aguerridos defensores da gestão de Lula quase na totalidade das outras políticas, posicionamentos e propostas.
Deputados e deputadas dessa legenda são também ferozes opositores do bolsonarismo. Toda semana há embate entre os psolistas com os apoiadores de Bolsonaro.
Há exemplo diário desse alinhamento do partido com o Palácio do Planalto. Ontem mesmo, na CPI do MST, foram as deputadas do PSol – Sâmia Bonfim (SP) e Talíria Petrone (RJ) – quem mais se destacaram entre os governistas nas disputas com ruralistas e bolsonaristas.
Sâmia chegou a ter o microfone desligado pelo presidente da comissão, Tenente Zucco (Republicanos-RS), e Talíria ouviu do relator, Ricardo Salles (PL-SP), que ele a levará ao Conselho de Ética, após críticas ao ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.
Esses casos são recorrentes. O PSol é credor do PT. O mundo da política sabe disso.