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PL evita embate com Barroso e deixa briga com “baixo clero”

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro não quer ter indisposição com futuro presidente do STF, mas vê possibilidade de suspeição

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Ministro do STF Luís Roberto Barroso
1 de 1 Ministro do STF Luís Roberto Barroso - Foto: Vinicius Nunes/Metrópoles

O Partido Liberal (PL) vai evitar se manifestar oficialmente contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, tem evitado os pedidos de seus correligionários de “bater no juiz” que será o próximo presidente da Corte.

Ontem (12/07), Barroso subiu ao palco do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e disse que “derrotamos o bolsonarismo”. O ministro foi vaiado por estudantes durante discurso no evento e, apesar de declarar que o direito à manifestação é sagrado, afirmou que o grupo estava “reproduzindo o bolsonarismo”.

Dirigentes do PL temem que alimentar uma indisposição com o ministro pode ser prejudicial ao partido e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, entendem que agora há um argumento contra ações no STF determinadas por Barroso. O juiz pode ser acusado de parcialidade e ser alvo de pedidos de suspeição. “Se mostrou antibolsonarista”, disse um dirigente sob reserva.

Para o PL, o posicionamento do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) já é uma resposta suficiente. Na madrugada desta quinta-feira (13/07), o deputado disse que a “oposição” vai entrar com um pedido de impeachment contra o ministro. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também se manifestou contra a fala. Disse que Barroso “errou feio” e que vai tomar as “medidas cabíveis”.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que não recebeu nenhum pedido de impeachment contra o ministro do STF, mas, que assim que receber, vai analisar.

Pacheco também criticou a fala de Luís Roberto Barroso: “inadequada, inoportuna e infeliz”.

“O que espero é que haja por parte do ministro Luís Roberto Barroso uma reflexão sobre isso e, eventualmente, uma retratação no alto da sua cadeira de ministro do STF e prestes a assumir a presidência da Suprema Corte”, disse Pacheco.

Em nota, Barroso disse que utilizou a expressão “derrotamos o bolsonarismo”, “quando na verdade se referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria”.

“Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas” – Luis Roberto Barroso.

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