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PF pode correlacionar caso da Abin paralela com tentativa de golpe

Polícia Federal acredita que arapongagem pode estar diretamente ligada ao planejamento dos ato antidemocráticos

atualizado

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PF Ex-presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-Militares - Metrópoles
1 de 1 PF Ex-presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-Militares - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Com a operação da Polícia Federal, deflagrada na quinta-feira (11/07), que resultou na prisão de cinco suspeitos de arapongagem sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), os agentes da PF estabeleceram uma conexão entre as quatro investigações nas quais o ex-presidente é o principal interessado: os inquéritos da “Abin paralela”, das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais.

A conexão ficou clara com o pedido da PF de compartilhamento de provas das quatro investigações, ressaltando que a arapongagem na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) está “no nexo causal dos delitos que culminaram na tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito”, segundo a própria Polícia Federal.

A tese foi endossada pela Procuradoria-Geral da República, que afirma que o chamado “gabinete do ódio” de Jair Bolsonaro seria uma “célula de uma organização criminosa mais ampla, voltada ao ataque de opositores, instituições e sistemas republicanos”.

Segundo o relatório da PF, a estrutura da “Abin paralela” “ensejou, motivou e causou, direta ou indiretamente, a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023”.

As investigações revelam que a “Abin paralela” não tinha nada de paralela. Era o presidente da República utilizando uma instituição de Estado para perseguir adversários políticos. As atualizações de quinta-feira mostraram que Renan Calheiros (MDB-AL), João Doria e Kim Kataguiri (União Brasil-SP), entre outros, foram alvos da arapongagem.

Um dos investigados chegou a sugerir um “head shot” (“tiro na cabeça”) no ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), conforme mostram trocas de mensagens obtidas pela PF.

Este inquérito está em fase final de investigação. A Polícia Federal deve oferecer o indiciamento de Bolsonaro, seus filhos Carlos e Flávio, além de Alexandre Ramagem e Augusto Heleno, em agosto.

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