O levantamento da Atlas/Intel, que posicionou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), como o chefe do Executivo estadual mais bem avaliado do país, foi recebido com entusiasmo pelo União Brasil. O partido, que já demonstra ambições eleitorais para 2026, vê nesse resultado uma oportunidade de impulsionar o nome de Caiado para a disputa pelo cargo mais alto da República.

Com esse objetivo, a executiva do partido planeja aumentar a presença midiática do governador, incentivando-o a se manifestar sobre temas de relevância nacional, como a reforma tributária, em tramitação no Congresso Nacional, e a crise institucional na Venezuela. No entanto, Caiado deve evitar pronunciar-se sobre questões que envolvem Jair Bolsonaro (PL), como o escândalo das joias, a fraude no cartão de vacina ou os eventos de 8 de janeiro. Por outro lado, críticas ao presidente Lula (PT) são vistas com bons olhos (mesmo o partido tendo três ministérios sob o petista).

Focado em Brasília, Caiado acompanha de perto as articulações para as sucessões de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nas presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Isso porque uma eventual candidatura sua à Presidência da República está diretamente ligada a uma vitória conservadora no Congresso.

No Senado, o cenário parece definido: Davi Alcolumbre (AP) desponta como candidato único e, com o provável apoio do governo, deve se tornar o novo presidente da Casa. Na Câmara, no entanto, Elmar Nascimento (BA) divide o favoritismo com Marcos Pereira (Republicanos-SP), que, por enquanto, teria a preferência de Lula na disputa.

Caso os candidatos do União Brasil triunfem tanto na Câmara quanto no Senado, Caiado contará com uma plataforma sólida para promover pautas conservadoras no Congresso ao longo de pelo menos um ano e meio. Segundo aliados, a viabilidade de Caiado também se deve ao seu maior grau de experiência, conhecimento e articulação em Brasília, quando comparado a outros nomes como Tarcísio de Freitas.