Sabe-se lá se foi um apelo eleitoral, mas Bolsonaro, ontem, atacou até quem defende a volta do AI-5. Seguem as aspas do “Bolsonarinho paz e amor”.

“Olha só, você acha que isso tem repercussão? O maluco levanta uma faixa lá ‘AI-5’. Existe AI-5? Você tem de ter pena do cara que levanta a faixa do AI-5. Você tem de chegar para ele, da imprensa, ‘ô, amigo, o AI-5 foi lá na época dos anos 60 que tinha ato institucional (…) não existe isso’. Você tem de ter pena dessa pessoa e não querer prender”, disse Bolsonaro.

Como o presidente não padece de grave problema de memória, sua declaração de ontem foi um diversionismo. A defesa desse ato da ditadura, o pior deles, aparece com frequência entre seus apoiadores.

Para além dos apoiadores, seu filho Eduardo, e seu capacho Daniel Silveira, ambos deputados, defenderam a reedição do AI-5. Por essas declarações, acabaram no Conselho de Ética. Chance zero de dar algo.

Mas que fique registrado: os malucos que levantaram a bandeira do AI-5 foram seu filho e seu afilhado Silveira, o bombado, o indultado.