Para o governo, atraso na LDO nem é tão ruim assim
Deixar votação para o próximo ano pode fazer com que o governo economize dinheiro em emendas
atualizado
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Um possível adiamento na votação final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já não deixa o governo tão preocupado assim. Por mais que as contas fiquem desatualizadas em 2024, esse atraso (quase que querido) pode significar economia em emendas para este ano.
Acontece que, para isso, a votação final do relatório da LDO, marcada para 21 de dezembro, ficaria só para março. O deputado e relator da matéria, Danilo Forte (União Brasil-CE), apresentou nesta quarta (13/12) o seu texto final.
O acúmulos das emendas de 2023 com as de 2024 ajudaria o governo a negociar esse dinheiro para novas votações. Neste ano, ainda há pautas econômicas para serem debatidas, como a reforma tributária (votada hoje) e o veto do marco fiscal.
Até 22 de dezembro, o Congresso terá mais duas sessões habituais, que servirão para a votação dos vetos do presidente Lula (PT). Há também vetos de Jair Bolsonaro (PL) a serem analisados.
Ficar sem emendas por três meses, em ano eleitoral, é o maior pesadelo de algumas bancadas, que vão liberar deputados para as disputas municipais. Na última semana, o governo Lula liberou cerca de R$ 17 bilhões em emendas parlamentares, segundo a CNN Brasil.