Oposição prepara ofensiva contra governo nas comissões da Câmara
Integrantes desses colegiados querem aprovar convocações de ministros do governo Lula no início dos trabalhos
atualizado
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A oposição prepara uma ofensiva contra o governo Lula agora que estão definidas as composições da comissões da Câmara, espaços de discursos e ações contra o Palácio do Planalto.
Um desses “bunkers” de ataques ao governo será a Comissão de Segurança Pública, onde quase a totalidade dos 34 titulares são de oposição ao governo. A exceção é um deputado do PSol.
Essa comissão é integrada, entre titulares e suplentes, por 11 delegados e delegadas, 5 coronéis, 3 sargentos, 2 capitães e 1 general.
Coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, o deputado Alberto Fraga (PL-DF), o criador da “bancada da bala”, disse ao blog que o colegiado funcionará como uma “comissão do terror” para o governo.
Uma das primeiras propostas a serem votadas, e aprovadas com certa folga, será a convocação do ministro da Justiça, Flávio Dino. Os integrantes dessa comissão vão querer interrogá-lo sobre os decretos que restringiram o uso de armas e pretende retirar armamentos de circulação no país.
O deputado Sanderson (PL-RS), um policial federal, presidente a comissão, que terá ainda os seguintes ex-integrantes do governo na sua composição: Delegado Ramagem (ex-chefe da Abin) e o General Pazuello (ex-ministro da Saúde), ambos do PL do Rio.
Outra comissão que irá incomodar bem o governo será o da Fiscalização Financeira e Controle, que será presidida pela bolsonarista Bia Kicis (PL-DF). A parlamentar promete não fazer “estardalhaço”, mas pouco gente acredita.
Essa comissão tem o poder de convocar ministros para dar explicações e fiscalizar ações do governo com pedidos de informação ao Executivo.
A oposição leva uma ligeira vantagem entre os membros, e tem maioria apertada para aprovar as pautas de seu interesse. Estão nessa comissão Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Junio Amaral (PL-MG), aliados do governo passado.