Parlamentares oposição conseguiram aprovar numa comissão da Câmara, nesta semana, a convocação do ministro da Educação, Victor Godoy. Querem ouvi-lo sobre o esquema de corrupção que aconteceu na pasta, na gestão de seu antecessor, Milton Ribeiro.

Godoy foi secretário-executivo do pastor no MEC. Já no cargo principal, ele compareceu a uma audiência pública na própria Câmara, em 11 de maio, foi bastante questionado e falou sobre os problemas na pasta e sobre caso de Ribeiro com os pastores.

O novo ministro, na ocasião, afirmou algumas vezes não ter vínculo com os pastores, ainda que os conhecessem, e contou, também de forma repetida, que a indicação do Pastor Arilton para um cargo no ministério foi do próprio Ribeiro.

Coube à Secretaria Executiva enviar o nome de Arilton à Casa Civil, que rejeitou a indicação. Na comissão, Godoy afirmou que o envio desse, e de outros nomes ao Palácio do Planalto, é da burocracia do cargo que ocupava antes.

Com a prisão de Ribeiro, semana retrasada, veio a conhecimento trechos do depoimento de Godoy à Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o esquema. E de alguns servidores do ministério.

A oposição avalia que Godoy “entregou” mais informações à CGU do que disse na Câmara no dia 11.

A convocação foi aprovada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, requerimento de Ivan Valente (PSol-SP). Mas, na próxima terça, Godoy estará na Comissão de Educação, junto com Wagner Rosário, da CGU, para falarem sobre desvios no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e dos institutos federais de Educação. Difícil que escape de ter que responder sobre Ribeiro e seus pastores.