O que Marcos Pereira fará para se tornar viável na sucessão de Lira
“Atrás” na disputa, deputado viu Antonio Brito e Elmar Nascimento promoverem festas que reuniram do PL a ministros do governo Lula
atualizado
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Depois de duas festas nesta semana em Brasília, uma de Antonio Brito (PSD-BA) e outra de Elmar Nascimento (União Brasil-BA), deputados começam a estabelecer os favoritos para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados.
Os eventos de terça-feira (09/07) e quarta-feira (10) reuniram desde deputados do PT e ministros de Lula até bolsonaristas clássicos, além do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Enquanto Brito e Nascimento tentam consolidar seus eleitorados, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) corre atrás. Ele realizou uma festa de aniversário em abril, que também reuniu a nata política de Brasília.
Segundo aliados de Pereira, ele possui uma característica que nem Elmar, nem Brito têm: trânsito entre a oposição e a situação na Câmara dos Deputados. Conforme um interlocutor, “Pereira sabe falar com o mais petista dos petistas e o mais bolsonarista dos bolsonaristas”.
Essa será, portanto, a estratégia do deputado para angariar mais apoio para a eleição de fevereiro de 2025. Pereira e seus aliados vão reforçar a imagem de apaziguador do deputado.
A disputa está assim, por enquanto:
- Elmar Nascimento: conta com a predileção de Arthur Lira para ser o candidato do presidente da Câmara. Enfrenta resistências por boa parte da base de Lula e terá que lidar com o favoritismo de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado. Não é do interesse do governo ter dois presidentes do mesmo partido no Congresso Nacional, especialmente o infiel União Brasil.
- Antonio Brito: mantém uma boa relação com o presidente Lula e com a base petista, mas é visto como “governista” demais pela direita. Tem Gilberto Kassab apoiando sua pré-candidatura e conta com o suporte de caciques do Senado.
- Marcos Pereira: seus aliados o descrevem como um “coringa”, afirmando que ele sabe conversar com todos. A seu favor está o apoio dos evangélicos e da direita conservadora. Tem diálogo com Lula, mas enfrenta resistências por parte do patrono do Republicanos, Edir Macedo, em se aproximar do governo.