O que Edir Macedo pensa sobre a aproximação de Republicanos e Lula
Líder da Igreja Universal fez campanha contra o atual presidente nas eleições de 2022
atualizado
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O todo poderoso da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, Edir Macedo, acompanha com atenção a aproximação entre o Republicanos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado federal Marcos Pereira (SP), líder do partido e pastor licenciado da igreja, é esperado por Lula na próxima semana para definir qual ministério vai abocanhar. A sigla é ligada à Universal.
Apesar de ter feito campanha contra o então candidato Lula em 2022, Edir Macedo não influencia a posição do partido em indicar Silvio Costa Filho (PE) para a Esplanada dos Ministérios.
O bispo não foi consultado, mas em conversa com interlocutores disse que o Republicanos “tem que mostrar liderança, sem perder a essência”. Também afirmou que não se pode “negar diálogo”. Nem com Lula.
Agraciada, a aproximação pode ceder até 30 votos na Câmara dos Deputados em pautas pró-governo. O partido, no entanto, já avisou que vai se posicionar contra pautas de costumes “mais progressistas”.
A benção também pode ser explicada pela emenda aglutinativa da reforma tributária, aprovada na Câmara em 6 de julho. Segundo o texto, ficam isentas de impostos associações sem fins lucrativos ligadas a igrejas. Só a Universal teria mais de 40 entidades beneficiadas.
Edir Macedo e Lula
Edir Macedo deixou que a Igreja Universal fosse usada como palanque por todos os presidentes desde o fim da ditadura. Foi um importante braço de Jair Bolsonaro (PL), que apareceu incontáveis vezes em cultos para fazer campanha. Em setembro do ano passado, escreveu um artigo na Folha Universal, periódico da igreja, dizendo que “pautas apoiadas pela esquerda” são “incompatíveis com o pensamento evangélico”. A Folha Universal tem tiragem de 1,7 milhão de exemplares.
Em novembro de 2022, o bispo disse que era preciso “perdoar” Lula, depois que este já havia sido eleito. O caldo voltou a entornar recentemente, em março deste ano, quando Macedo criticou o presidente afirmando que Lula “nunca deu nada à igreja”.