O papel que o Brasil quer representar nas guerras do mundo
Diplomacia brasileira tenta protagonizar acordos de cessar-fogo, mas esquece de limitações
atualizado
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Com a presidência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil tenta influir na entidade para mediar acordos entre o Hamas e Israel. Isso não é novidade na diplomacia brasileira. Desde que Lula (PT) iniciou o seu terceiro mandato, o país tenta também negociar um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia. Mais que o fim dos conflitos, o posicionamento do Brasil mostra a ambição de Lula em se tornar um líder internacional.
O mandato no Conselho de Segurança vai até o fim deste mês e de nada serve quando Estados Unidos, Rússia e China discordam. Foi o que aconteceu ontem (13/10), quando o grupo se reuniu mais uma vez e não emitiu uma nota em que repudia a guerra. Falta de consenso.
No encontro de sexta, o embaixador Mauro Vieira pediu ao governo israelense que dê mais tempo para os cidadãos palestinos poderem sair da Faixa de Gaza. Israel havia dado 24 horas para que o norte do país fosse evacuado.
Incluir a ONU nas negociações no Oriente Médio é a prioridade do Itamaraty, a pedido de Lula. Mas nada garante que a presidência do Brasil signifique a entrada da entidade nas conversas entre os dois lados da guerra. Por ora, o pedido para ser criado um corredor humanitário pelo Egito parece ser o único avanço.