O nome de Lula no PSDB, que assinou anistia de Dirceu vinte anos atrás
Amigo de longa data do ex-todo poderoso do primeiro governo do PT, Aloysio Nunes já anunciou apoio ao petista nestas eleições
atualizado
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A portaria de número 207, do Ministério da Justiça, do dia 6 de março de 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, trouxe a concessão de anistia política a José Dirceu.
O ex-todo poderoso ministro do primeiro mandato de Lula teve direito também a uma reparação econômica, à época, de R$ 54,9 mil, pela perseguição política que sofreu na ditadura.
Essa portaria foi assinada por Aloysio Nunes Ferreira, então ministro da Justiça do governo tucano. A condição de anistiado político e se o perseguido tem direito ou não à reparação é julgada pela Comissão de Anistia, como é até hoje, mas a palavra final é do titular da Justiça. No governo Bolsonaro mudou e a decisão derradeira é do Ministério dos Direitos Humanos.
Aloysio Nunes assinou não só a de Dirceu, mas a de centenas de vítimas do regime militar e que teve seus direitos atingidos pelos excessos dos militares.
O ex-ministro de FHC é hoje o tucano mais próximo do PT e já anunciou seu apoio à Lula. Aloysio atuou na luta armada e foi motorista de Carlos Marighella, o criador da Ação Libertadora Nacional (ALN), dos principais grupos de reação à ditadura.
Dirceu e Aloysio são próximos há décadas. Quando o petista estava preso, ele cogitou visitar o amigo no cárcere. Foi Dirceu quem fez a ponte entre Aloysio com Lula. Eles se falam com frequência.
O tucano foi vice na chapa de Aécio Neves na disputa presidencial de 2018. Ele anunciou apoio ao petista antes mesmo da desistência de João Doria e afirmou que a disputa desse ano opõe democracia e autoritarismo e civilização e barbárie.