Novo PAC entra na lista de negociações do Centrão
Com marco fiscal parado e indefinição por cargos em ministérios, deputados podem atrasar apreciação da MP do novo programa
atualizado
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Líderes do Centrão estão irritados com a demora de Lula (PT) para definir quais ministérios serão cedidos ao PP e ao Republicanos. A revolta é tão grande que ameaçam atrasar a apreciação da Medida Provisória que criará o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Segundo o governo, o programa poderá impulsionar até 14 mil obras paradas em todo o Brasil. É um grande trunfo para Lula, que usará a matéria para concluir obras em regiões em que não é muito popular, como no Sul e no Sudeste. Já está de olho em 2026.
O Novo PAC será lançado em 11 de agosto, em cerimônia no Rio de Janeiro. A expectativa era que, até essa data, o assunto marco fiscal já estivesse liquidado na Câmara. No entanto, o Centrão condiciona a votação das alterações feitas no Senado à minirreforma na Esplanada dos Ministérios. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) aguardam a definição de Lula para saber em qual sala vão colocar as suas coisas.
Enquanto isso, Lula mantém sua posição de definir as pastas somente após a votação do marco fiscal.
O problema é que a Casa Civil estuda redirecionar os recursos de emendas parlamentares para bancar o Novo PAC, o que traria insatisfação ainda maior de Arthur Lira (PP-AL) e seus colegas. A informação é da jornalista Thais Arbex, da CNN Brasil.
Para aumentar a pressão sobre o presidente, o Centrão cogita atrasar a instalação da comissão que analisará o texto do programa. MPs tem vigência de até 120 dias, tempo suficiente para que mais coisas sejam exigidas pelos partidos.